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Agosto: Mês vocacional por excelência

07/08/2011

Diácono José Carlos Pascoal

Assessor de Comunicação da CND (ENAC), Presidente do Regional Sul 1 e agenda da PASCOM diocesana.

Agosto é celebrado pela Igreja como Mês Vocacional. São vários os fatores que contribuem para isso. Lógico, se levarmos em conta a caminhada do cristão na Igreja, todo dia, todo mês é vocacional. Todo batizado é chamado à uma vocação, e são várias.

Um dos mitos, que é necessário desconstruir é o de que, ao falarmos em vocação, falamos necessariamente da vocação sacerdotal ou religiosa. São primeiramente lembradas e, por falta de informações, acabam sendo assumidas como as únicas necessárias na Igreja por muitos cristãos. Para confirmar, basta ouvir, em muitas celebrações, a Oração da Comunidade ou a Oração pelas Vocações de muitas paróquias.

A vocação matrimonial precisa ser melhor defendida. É preciso resgatar a família, pois todas as vocações têm origem na família. Os encontros de preparação para o Matrimônio são locais de aprofundamento para descobrir a vocação matrimonial. A experiência de algumas dioceses que promovem encontros de namorados mostra a preocupação com o Sacramento do Matrimônio. Há muitos casais jovens que estão optando em “ficar”, não em celebrar o Sacramento do Matrimônio.

A Vocação Diaconal precisa ser mais difundida pelo testemunho dos diáconos permanentes. É vocação específica de serviço, necessária para a Igreja dos tempos atuais, que é missionária em busca dos afastados da Igreja e dos excluídos da sociedade. A comunidade passou a conhecer e a colaborar com o trabalho dos diáconos. Quando orientados para exercer prioritariamente o Ministério da Caridade, dão uma contribuição valiosa à Igreja.

A Vocação Religiosa, para consagrados e consagradas, é uma vocação missionária e de serviço. O Documento de Aparecida apresenta “os consagrados e as consagradas, discípulos missionários de Jesus Testemunha do Pai”. “Na América Latina e do Caribe, a vida consagrada é chamada a ser uma vida discipular, apaixonada por Jesus-caminho ao Pai misericordioso, e por isso, de caráter profundamente místico e comunitário” (cf. 220).

Por fim, a vocação leiga. Celebramos no final do mês a Vocação do Catequista. São muitas as contribuições dos leigos nas comunidades: na Pastoral Litúrgica, nas Pastorais Sociais, na Pastoral Catequética, nas Pastorais de Apoio, nos Movimentos e Associações. Precisam ser incentivados e formados. Há quem não goste de encontros de formação, inclusive no Clero, mas reconhecemos que sem formação permanente não há crescimento. A Igreja, através de seus membros, precisa estar cada vez mais atualizada.

Convém descrever algumas citações do Documento de Aparecida: “Os Bispos, discípulos missionários de Jesus Sumo Sacerdote”; “Os Presbíteros, discípulos missionários de Jesus Bom Pastor”; “os Diáconos permanentes, discípulos missionários de Jesus Servidor”; “Os fiéis leigos, discípulos missionários de Jesus, Luz do Mundo – homens da Igreja no coração do mundo, e homens do mundo no coração da Igreja”; “Os consagrados e consagradas (religiosos), discípulos missionários de Jesus Testemunha do Pai”.

Portanto, façamos jus ao chamado de Jesus e, como Maria, digamos Sim a Deus. Deus conta conosco para a Missão.

Data do artigo: 07/08/2011