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Encontros e Celebrações para o Mês Vocacional - Agosto de 2020

02/08/2020

Encontros e Celebrações para o Mês Vocacional - Agosto de 2020

Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada

Pastoral Vocacional / Serviço de Animação Vocacional

Comissão Nacional dos Diáconos / Comissão Nacional dos Presbíteros

Conferência dos Religiosos do Brasil / Conferência Nacional dos Institutos Seculares

Organização dos Seminários e Institutos do Brasil / Instituto de Pastoral Vocacional

 

AMADOS E CHAMADOS POR DEUS

Encontros e Celebrações para o Mês Vocacional

Agosto de 2020

Siglas

4CVB        Documento Final do 4º Congresso Vocacional do Brasil, 2020.

ChV           Exortação Apostólica Pós-Sinodal Christus Vivit, papa Francisco, 2019.

DAp          Documento de Aparecida (V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe), 2007.

PDV          Exortação Apostólica Pós-Sinodal Pastores Dabo Vobis, de São João Paulo II, 1992.

PP              Carta Encíclica Populorum Progressio, de São Paulo VI, 1967.

RVM         Carta Apostólica, Rosarium Virginis Mariae, de São João Paulo II, 2002.

 

Discursos do Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude (JMJ):

https://www.academia.edu/5815642/Livro_eletronico_-_Discursos_do_Papa_Francisco_na_JMJ

CMOVIC-CNBB

Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

 

Membros:

Dom João Francisco Salm – Presidente

Dom André Vital Félix da Silva

Dom João Inácio Müller

Dom José Albuquerque de Araújo

Pe. João Cândido da Silva Neto – assessor

Pe. Juarez Albino Destro, rcj – assessor

 

Organismos que a compõem:

CND – Comissão Nacional dos Diáconos

Presidente: Dc. Francisco Salvador Pontes Filho

CNP – Comissão Nacional dos Presbíteros

Presidente: Pe. José Adelson da Silva Rodrigues

CNIS – Conferência Nacional dos Institutos Seculares

Presidente: Aparecida de Guadalupe Cafaro

CRB – Conferência dos Religiosos do Brasil

Presidente: Ir. Maria Inês Ribeiro, mad

OSIB – Organização dos Seminários e Institutos do Brasil

Presidente: Pe. Jerônimo Batista de Araújo

PV/SAV – Pastoral Vocacional / Serviço de Animação Vocacional

Coordenadores: Edna Maria de Sousa e Pe. José Alir Moreira

 

Organismos parceiros:

IPV – Instituto de Pastoral Vocacional

Presidente: Pe. Juarez Albino Destro, rcj

Centro Rogate do Brasil / Revista Rogate

Diretor: Pe. Reinaldo de Sousa Leitão, rcj

 

CONTEÚDO

Apresentação ........................................................................................................

Agosto, Mês Vocacional ........................................................................................

Somos Amados e Chamados por Deus ...................................................................

Terço Vocacional ...................................................................................................

Terço da Vida Consagrada .....................................................................................

Terço Missionário .................................................................................................

Em busca de um tesouro: Encontro “Despertar Vocacional” para jovens .................

Anexo 01: Salmo 138 (139) ...........................................................................................

Anexo 02: A Parábola dos Poços ...................................................................................

Anexo 03: História de Abraão ........................................................................................

Vigília Vocacional ..................................................................................................

Leitura Orante da Palavra .....................................................................................

As Palavras da Vocação: 57º Dia Mundial de Oração pelas Vocações .......................

 

APRESENTAÇÃO

O mês vocacional, instituído no Brasil há quase 40 anos, vem celebrando e homenageando todas as vocações no decorrer das semanas de agosto. É uma especificidade de nosso país, graças à sensibilidade de tantas pessoas envolvidas naquele contexto de final dos anos 1970 e início de 1980. Uma bonita história que merece ser recordada, mesmo que brevemente, como veremos na primeira parte deste subsídio.

Outras “datas vocacionais” foram acrescentadas no decorrer dos anos. Um exemplo é o “Dia da Vida Consagrada”, instituído por São João Paulo II em 1995, e celebrado em 02 de fevereiro, na festa da Apresentação do Senhor. Isso não impede, porém, que em cada uma das semanas do mês de agosto, de domingo a sábado, voltemos nossas atenções para um grupo específico de vocações, de tal forma que todas sejam contempladas:

  1. primeira semana (este ano, de 02 a 08 de agosto), as vocações dos diáconos, presbíteros e bispos (ministérios ordenados);
  2. segunda semana (de 09 a 15), a vocação do pai, da mãe e dos filhos (a família). A Pastoral Familiar celebra a Semana Nacional da Família, com subsídios específicos;
  3. terceira semana (de 16 a 22), a vocação das pessoas de vida consagrada (aqueles que fazem os votos de Castidade, Pobreza e Obediência). A Semana Nacional da Vida Consagrada, a partir deste ano, é uma novidade no mês vocacional;
  4. quarta semana (de 23 a 29), a vocação dos cristãos leigos e leigas e seus diversos serviços na comunidade (ministérios não ordenados);
  5. no último domingo, dia 30, celebramos o Dia dos Catequistas, homenageando e valorizando esta vocação tão importante nas comunidades.

Este subsídio foi pensado e elaborado, a partir do tema “Amados e chamados por Deus” (cf. ChV 112), para se rezar juntos no mês vocacional, por todas as vocações. Há três propostas de Terço Vocacional, que poderão ser recitados em família ou grupo, e três opções de “eventos” ou iniciativas que poderão ser organizados na comunidade: um encontro vocacional para despertar vocações; uma vigília vocacional; uma leitura orante vocacional. Poderão ser realizados envolvendo – preferencialmente – os jovens, pela própria natureza da idade: é durante a juventude que a dimensão vocacional desperta com maior vigor.

As propostas apresentadas poderão ser utilizadas de acordo com as realidades e necessidades, sem uma ordem sequencial obrigatória. Para a abertura do mês vocacional no dia 1º, um sábado, seria muito oportuna a celebração da Vigília Vocacional, por exemplo. E, na conclusão do mês, no dia 31, uma segunda-feira, o Terço Vocacional, com os Mistérios da Luz, cairia muito bem. A equipe vocacional ou o animador vocacional discernirá a melhor maneira de utilização do subsídio, incrementando com elementos e símbolos locais.

Vale ressaltar que algumas celebrações litúrgicas ou “sociais” determinaram a sequência das vocações nas semanas de agosto. Não é uma escala da mais importante para a menor das vocações, pois sabemos que a Igreja é uma assembleia dos chamados (PDV 34). São João Maria Vianney, padroeiro dos párocos (04 de agosto), e São Lourenço, padroeiro dos diáconos (10 de agosto), influenciaram na celebração do ministério ordenado na primeira semana do mês vocacional. O dia dos pais, celebrado no segundo domingo de agosto, fez com que celebremos a vocação da família na segunda semana. A Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, no Brasil celebrado no terceiro domingo de agosto, “puxou” a vocação dos consagrados e consagradas para a terceira semana. Maria é modelo de toda vocação à vida consagrada, ela que disse “sim” ao chamado específico de Deus, de ser a Mãe de Deus, servidora da humanidade. E, finalmente, na última semana, celebramos a vocação dos ministérios não ordenados, ou seja, de todos os demais que exercem sua vocação, seu serviço na comunidade, a começar pelos catequistas, somando todos os demais ministérios.

Desejamos que os animadores vocacionais possam celebrar o mês vocacional com muita alegria e disposição, abusando da criatividade e contagiando as comunidades eclesiais para que se sintam vocacionadas e dispostas a dizer “sim” ao chamado de Deus, de ser operário e operária na messe do Senhor.

CMOVIC-CNBB

 

AGOSTO, MÊS VOCACIONAL[1]

Pode-se afirmar que a instituição de um mês vocacional, em âmbito de Brasil, começou a nascer no ano de 1971, na diocese de Santo Ângelo (RS). Seu bispo, na época, D. Aloísio Lorscheider,[2] levou ao clero local a sugestão de realizar um mês vocacional na diocese, motivado pelas celebrações do Dia Mundial de Oração pelas Vocações.[3] Pessoa bastante influente e atualizada, consciente dos novos rumos trazidos pelo Concílio Vaticano II (1962-1965), ele percebeu que as celebrações do Dia do Bom Pastor ainda não eram bem animadas e sentiu a necessidade de fazer algo mais para a conscientização da necessidade de se rezar e trabalhar pelas vocações. No 7º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, realizado em 1970, certamente D. Aloísio leu a insistência de Paulo VI, o papa da época, em sua mensagem para a ocasião: “O dever de fomentar as vocações sacerdotais pertence a toda a comunidade cristã, que, em primeiro lugar, deverá cumpri-lo por meio de uma vida plenamente cristã (Optatam Totius, 2). Com efeito, a própria vocação cristã [...] encontra a sua expressão e o seu ponto culminante na vocação sacerdotal e religiosa. Esta vocação é inconcebível se precedentemente não for despertada e educada a vocação cristã. É neste ponto que se manifesta o índice claro e inequívoco da vitalidade de cada uma das comunidades paroquiais e diocesanas”.[4]

A experiência da celebração do mês vocacional na diocese de Santo Ângelo logo ganhava adeptos. A escolha do mês de agosto, segundo o bispo emérito daquela diocese, D. Estanislau Amadeu Kreutz (que ficou à frente da diocese de 1973 a 2004) foi para evitar a coincidência com alguns tempos litúrgicos importantes, como o Advento, a Quaresma e o Tempo Pascal, e também devido à memória litúrgica de São João Maria Batista Vianney, o padroeiro dos párocos, celebrado no dia 04 de agosto. “Inicialmente incentivávamos mais explicitamente as vocações presbiterais”, afirmou D. Estanislau, pois “quando a proposta da celebração do mês vocacional foi abraçada também pelo Regional Sul 3 da CNBB, correspondente ao Rio Grande do Sul, abrimos os horizontes para destacar uma semana para o serviço da animação vocacional de cada vocação específica: a primeira semana veio a concentrar-se sobre a vocação presbiteral; a segunda semana sobre a vocação matrimonial ou familiar; a terceira semana sobre a vocação à vida consagrada, e a quarta sobre a vocação do ministério dos leigos. Havendo um quinto domingo, ele era dedicado à missão dos catequistas”.[5]

No Encontro Nacional de Pastoral Vocacional de 1974, realizado no Rio de Janeiro, já é possível verificar algumas indicações referentes à fixação de datas vocacionais, como dias, semanas ou meses. Sugeriu-se, por exemplo, que os Regionais da CNBB promovessem “mês e semana vocacionais”. E os participantes do encontro sugeriram à coordenação nacional que procurasse “fixar datas: semana, mês ou ano vocacional”.[6]

As indicações foram ganhando força, motivadas por experiências bem sucedidas de outras dioceses e até Regionais da CNBB, como por exemplo a realização do Ano Vocacional no Regional Sul 2 – Paraná –, em 1973.[7] Dessa forma, no Encontro Nacional de Pastoral Vocacional de 1980 houve a proposta concreta de se instituir agosto como o mês vocacional no país e também a realização, em 1983, de um Ano Vocacional. As duas propostas foram levadas à Assembleia da CNBB de 1981 e foram aprovadas.[8]

 

SOMOS AMADOS E CHAMADOS POR DEUS

A palavra Vocação deriva do latim – Vocare – que significa Chamado e está intimamente ligada ao nosso existir como pessoa e ao sentido que encontramos desse existir na vida. O Guia Pedagógico de Pastoral Vocacional da CNBB afirma que “na Igreja, ‘vocação’ é o apelo de Deus que chama uma pessoa para uma missão ou serviço”.[9]

A partir desta definição podemos concluir que vocação é “um inefável diálogo entre Deus e o homem, entre o amor de Deus que chama e a liberdade do homem que no amor responde a Deus” (PDV 36). O chamado ou eleição divina se manifesta em nosso dia a dia por meio de nossa livre e amorosa resposta e adesão ao projeto de Deus, por meio do seguimento a Jesus Cristo. Desta forma, é importante ter presente que não somos nós que escolhemos seguir a Jesus Cristo, mas somos escolhidos(as) pelo Pai e chamados(as) por seu Filho.

É possível, então, afirmar que a vocação está relacionada ao convite que Jesus Cristo dirige a cada pessoa indistintamente: “Vem e segue-me” (Mt 19,21); “Vinde em meu seguimento, e farei de vós pescadores de homens” (Mt 4,19); “Se alguém quiser me servir, siga-me” (Jo 12,26).

No chamado de Jesus há dois aspectos: ir e seguir (cf. Mt 9,9; Mc 8,34; Lc 18,22; Jo 8,12).

  • “Vem” é o chamado: o convite pessoal a estar/permanecer com Jesus e tornar-se discípulo e discípula do Mestre.[10]
  • “Segue-me” é a missão: o seguimento da prática de Jesus.[11]

Portanto, não é demais relembrar que a vocação nunca é finalizada na pessoa, mas é sempre em vista de uma missão (evangelizar) e para uma comunidade concreta. O aspecto da realização pessoal existe, fomos criados e chamados à vida para sermos felizes, mas essa realização não tem um fim em si mesmo.

A missão decorrente de nossa resposta vocacional como prática do seguimento de Jesus se desenvolve no mundo, para o mundo, e tem um compromisso efetivo com o bem da pessoa humana. A resposta ao chamado de Jesus “exige entrar na dinâmica do Bom Samaritano (cf. Lc 10,29-37), que nos dá o imperativo de nos fazer próximos, especialmente com quem sofre, e gerar uma sociedade sem excluídos, seguindo a prática de Jesus, que come com publicanos e pecadores (cf. Lc 5,29-32), que acolhe os pequenos e as crianças (cf. Mc 10,13-16), que cura os leprosos (cf. Mc 1,40-45), que perdoa e liberta a mulher pecadora (cf. Lc 7,36-49; Jo 8,1-11)” (DAp 135).

Vocação não é isolamento, busca de satisfações, realização pessoal ou de projetos pessoais. Vocação é dar a vida pela defesa da vida (cf. Jo 10,11; 15,13), ou seja, vocação é amar. Um Deus que é amor, chama-nos justamente porque nos ama, e nos chama para amar: “Deus te ama. Nunca duvides, apesar do que te aconteça na vida. Em qualquer circunstância, és infinitamente amado” (ChV 112). Deus vê nossa beleza, somos preciosos aos seus olhos (cf. Is 43,4). “Seu amor é tão real, tão verdadeiro, tão concreto que nos oferece uma relação cheia de diálogo sincero e fecundo” (ChV 117).

 

Existem várias vocações?

Quando começamos a compreender o verdadeiro sentido da palavra vocação nos damos conta que ela vai se desdobrando em vários aspectos. Para entendermos melhor, vamos comparar com uma flor: se quero presentear uma pessoa com uma rosa não posso dar uma pétala e dizer que dei uma rosa. A rosa é feita de várias pétalas que, juntas, formam o botão de rosa. Assim também acontece com a vocação.

Existe uma única vocação: a vida. O Papa Paulo VI na Populorum Progressio afirmou: “toda vida é vocação!” (PP 15). Essa única vocação é “marcada” por uma grande vocação, a vocação cristã (cor da rosa) de onde brotam várias dimensões, as vocações específicas (pétalas).

 

Vocação Cristã ou vocação batismal

A vocação cristã é o chamado que recebemos pelo Batismo para assumir, conscientemente, fazer parte da grande família dos filhos e filhas de Deus e a viver como “criatura nova” em Cristo Jesus. Dito de outra forma: a vocação cristã é o chamado a seguir Jesus Cristo, que é o Caminho, a Verdade e a Vida (cf. Mc 1,17; Jo 14,6).

Pelos sacramentos de Iniciação Cristã (Batismo, Eucaristia, Crisma), dos quais o Batismo é a porta de entrada, recebemos essa vocação cristã comum. É por esse sacramento que fazemos nossa opção fundamental como cristão e comprometemo-nos com a nossa comunidade.

Com o Batismo somos incorporados ao Povo de Deus, comunidade dos discípulos e discípulas de Jesus. Uma Igreja onde todos, pelo Batismo, vivem a comum dignidade de filhos e filhas adotivos do Pai, chamados à santidade e à participarem, com seus diferentes carismas, da vida e missão de Jesus Cristo, assumindo a dinâmica do discipulado. 

Talvez, algumas pessoas se perguntem sobre a necessidade destas afirmações que podem soar um pouco complicadas. Mas, elas querem simplesmente dizer que na grande família dos filhos e filhas de Deus o que conta não é ser isto ou aquilo (bispo, padre, freira, diácono, cristão leigo), o que conta realmente é nossa condição de filhos e filhas de Deus, membros da Igreja (assembleia de chamados), seguidores e seguidoras de Jesus Cristo, chamados e chamadas a viver no caminho da santidade.

 

Vocações específicas

Anteriormente comparamos a vocação batismal com a cor que dá vida e beleza à rosa; todas as pétalas nutrem-se de uma única fonte de cor, e mesmo com diferentes tonalidades entre as pétalas não podemos dizer que uma se sobressai. As várias pétalas têm jeito e estilo próprio, mesmo sendo muito parecidas entre si formam um conjunto diverso, mas tão harmonioso que vemos a rosa como uma coisa só, e não um amontoado de pétalas.

Na questão vocacional é a mesma coisa. A partir da riqueza da diversidade – que a Igreja é continuamente chamada e impulsionada a viver pela ação do Espírito – que nascem as vocações específicas como formas diferentes de responder e viver um único e mesmo Amor: o seguimento de Jesus e o assumir sua missão.

A partir dessa premissa compreendemos que a vocação específica está relacionada às escolhas de vida que cada batizado e batizada assume na vivência desse único Amor. Elas são divididas em três grandes dimensões: Vocação do Cristão Leigo e Leiga, Vocação à Vida Consagrada, Vocação dos Ministros Ordenados. Em cada dimensão há diferentes aspectos, pois dentro de cada conjunto de vocação específica a pessoa é chamada a fazer escolha por uma, encontrar o seu jeito e sua forma/cor de viver a beleza de ser cristão e amar.

 

TERÇO VOCACIONAL

 

Rezemos pelas vocações com os Mistérios da Luz, a Carta Apostólica “Rosarium Virginis Mariae” (RVM) - O Rosário da Virgem Maria - de São João Paulo II, e o Documento Final do 4º Congresso Vocacional do Brasil (4CVB). A cada mistério somos convidados a rezar por uma vocação específica, dentro da dinâmica do mês vocacional: cristãos leigos e leigas (ministérios não ordenados, famílias...), pessoas de vida consagrada, ministros ordenados (diáconos permanentes, padres e bispos). A dimensão missionária, essencial na Igreja, também está contemplada num dos mistérios.

 

Orientações Gerais

Preparar o ambiente com símbolos vocacionais, vela, crucifixo, imagem de Nossa Senhora, ilustrações do mês vocacional... Escolher os cantos e distribuir as leituras com antecedência.

 

Introdução

Canto inicial (à escolha).

Saudação inicial por conta do animador.

 

Animador/a (A.): O Rosário é “uma oração de grande significado e destinada a produzir frutos de santidade” (RVM, 01). Esta oração, hoje, no cristianismo, segue anunciando o projeto de Cristo ao mundo. O Rosário é uma oração evangélica, centrada sobre o mistério da Encarnação redentora e, por isso mesmo, é uma prece de orientação profundamente cristológica. O seu elemento mais característico - a repetição litânica da Ave Maria - torna-se louvor incessante a Cristo, objetivo último do anúncio do Anjo e da saudação de Isabel: Bendito é o fruto do vosso ventre (Lc 1,42). A repetição da Ave Maria leva à contemplação dos mistérios, ou seja, aquele Jesus que cada Ave Maria relembra é o mesmo que a sucessão dos mistérios propõe, uma e outra vez, como Filho de Deus e da Virgem Santíssima (RVM 18).

Todos (T.): É frequentando a Escola de Maria que vamos melhor entendendo a dinâmica do projeto de Cristo.

A.: “Dentre os seres humanos, ninguém melhor do que Maria conhece Cristo, ninguém como a Mãe pode introduzir-nos no profundo conhecimento do seu mistério” (RVM 14). Nesta escola, diante dos chamados cotidianos de Cristo, devemos aprender com ela a responder com a obediência da fé:

T.: Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc 1,38).

A.: Somos chamados à santidade, a sermos bons operários na messe do Senhor, a produzir frutos, a rezar, ter compaixão e se mover em direção aos mais necessitados desta messe; somos chamados a anunciar a boa nova de Cristo, a lutar por justiça, amor e paz; enfim, somos chamados a dizer, cotidianamente, como Maria: Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra!

T.: Esta é a nossa vocação, missão que carregamos a partir do nosso Batismo, do tríplice serviço de ser profeta, sacerdote e rei!

Segue o Creio em Deus Pai...
Pai Nosso, três Ave Marias, Glória.

 

  1. Batismo: fonte de todas as vocações

A.: No Primeiro Mistério, contemplamos o Batismo de Jesus. “Enquanto Cristo desce à água do rio, como inocente que se faz pecador por nós (cf. 2Cor 5,21), o céu se abre e a voz do Pai o proclama Filho dileto, ao mesmo tempo que o Espírito vem sobre ele para investi-lo na missão que o espera” (cf. RVM 21).

T.: Somos, pelo nosso batismo, chamados por Deus Pai a ser ouvinte da Palavra; somos os filhos amados de Deus, ungidos pelo Espírito Santo para a missão, inseridos na Igreja.

Leitor 1: “A Igreja é vocacionada a evangelizar em um país predominantemente urbano. A imagem da Casa, com seus pilares – Palavra, Pão, Caridade, Ação Missionária –, é o lugar de acolhimento e envio [...]. As comunidades eclesiais missionárias devem gerar discípulos missionários, isto é, “vocações”. Os pilares correspondem à própria natureza da Igreja. A PV/SAV deve, portanto, despertar e acompanhar vocacionados e vocacionadas para o serviço do Reino, em um processo formativo integral, com vistas à formação, à animação e ao fortalecimento das comunidades eclesiais missionárias. É um processo que envolve a todos: dioceses, paróquias, pastorais, comunidades, grupos e comissões” (4CVB, 34).

T.: Somos, pelo nosso batismo, chamados por Deus Pai a ser ouvinte da Palavra; somos os filhos amados de Deus, ungidos pelo Espírito Santo para a missão, inseridos na Igreja.

Leitor 2: Rezemos pelas Famílias em suas mais diversas formas e organizações, a fim de que possam ser espaços onde se aprende a viver em comunidade, na escuta, no respeito e no apoio aos valores do outro, da vida e do Reino de Deus.

Pai Nosso, 10 Ave Marias, Glória.

Canto mariano (à escolha).

 

  1. As Bodas de Caná: fazer tudo o que Jesus nos disser

A.: No Segundo Mistério contemplamos as Bodas de Caná. A festa em Caná (cf. Jo 2,1-11) marca o início dos sinais de Jesus, os quais vão fazendo as pessoas acreditarem em sua mensagem, a Boa nova do Reino. Após transformar a água em vinho, os discípulos ali presentes acreditaram nele (v. 11). A presença de Maria e sua orientação aos discípulos vale hoje a todos nós: “Fazei tudo o que ele vos disser” (v. 5).

T.: Nossa missão é realmente fazer o que Jesus fez e ensinou.

Leitor 1: “Deus nos pede uma Igreja verdadeiramente "em saída", nos espaços de missão e na presença junto às novas gerações. Fidelidade e paixão por Jesus Cristo, seu seguimento e missão. Uma comunidade de fé empenhada em dar testemunho de vida cristã autêntico, nas suas diversas expressões e vocações, para despertar a sensibilidade vocacional da juventude brasileira” (4CVB, 67).

T.: Nossa missão é realmente fazer o que Jesus fez e ensinou.

Leitor 2: Rezemos pelos Missionários e pelas Missionárias que atuam em áreas de risco e junto aos mais vulneráveis nos diversos continentes de nosso Planeta, para que, como os servos das Bodas de Caná, continuem a colaborar na transformação da água em vinho, não deixando a festa da vida acabar.

Pai Nosso, 10 Ave Marias, Glória.

Canto mariano (à escolha).

 

  1. O Anúncio do Reino: ser discípulos missionários de Jesus

A.: No Terceiro Mistério contemplamos o anúncio do Reino e convite à conversão. Contemplamos, aqui, o início do ministério de Jesus, um ministério itinerante, onde percorre as comunidades e aldeias da época, anunciando o Reino de Deus, mas também curando enfermidades, perdoando pecados e ensinando a multidão, tida por Jesus como “ovelhas sem pastor” (cf. Mt 9,36).

T.: Recordemos os diversos ministérios na Igreja e renovemos o sonho de vê-la como uma autêntica assembleia de vocacionados e vocacionadas.

Leitor 1: “É fundamental continuar o caminho de construção de uma cultura vocacional, que inclua a oração pelas vocações, uma espiritualidade e mística dos vocacionados e dos animadores vocacionais, alimentada pela Leitura Orante da Palavra, pela Liturgia e pelos Sacramentos. Permanece necessário um atento olhar sobre o processo vocacional, suas etapas, sobretudo o discernimento e o acompanhamento. Além disso, ressalta-se a corresponsabilidade na Igreja (cristãos leigos e leigas, vida consagrada, ministros ordenados, organismos, instituições) e o valor do planejamento e da organização (coordenações, comissões, equipes vocacionais, recursos)” (4CVB, 12).

T.: Recordemos os diversos ministérios na Igreja e renovemos o sonho de vê-la como uma autêntica assembleia de vocacionados e vocacionadas.

Leitor 2: Rezemos por todos os Cristãos Leigos e Leigas de nossas comunidades eclesiais missionárias, aqueles e aquelas que exercem seus serviços com alegria e disponibilidade, de modo especial os Catequistas, responsáveis pela formação inicial de tantas crianças, adolescentes, jovens e adultos...

Pai Nosso, 10 Ave Marias, Glória.

Canto mariano (à escolha).

 

  1. A Transfiguração de Jesus: ser luz do mundo e sal da terra

A.: No Quarto Mistério contemplamos a Transfiguração de Jesus. A Transfiguração de Jesus (Lc 9,28-36) é o mistério tido por “excelência” pelo papa em sua Carta sobre o Rosário. “A glória da Divindade reluz no rosto de Cristo, enquanto o Pai o acredita aos Apóstolos extasiados para que o ‘escutem’ (cf. Lc 9,35) e se disponham a viver com ele o momento doloroso da Paixão, a fim de chegarem com ele à glória da Ressurreição e a uma vida transfigurada pelo Espírito Santo” (RVM 21).

T.: Se em nossa vocação conseguirmos escutar a mensagem de Jesus, colocando-a em prática, teremos o nosso rosto iluminado, alegre, transfigurado, a exemplo do próprio Cristo.

Leitor 1: “É Cristo a esperança, a mais bela juventude. Ele vive e nos quer vivos [...]. O Espírito continua a suscitar vocações ao presbiterato e à vida consagrada. Podemos ousar, ter a coragem de dizer a cada jovem que se interrogue sobre a possibilidade de seguir esse caminho. No processo de discernimento, não se deve excluir a possibilidade da consagração a Deus no ministério ordenado, na vida religiosa ou em outras formas de consagração” (4CVB, 37).

T.: Se em nossa vocação conseguirmos escutar a mensagem de Jesus, colocando-a em prática, teremos o nosso rosto iluminado, alegre, transfigurado, a exemplo do próprio Cristo.

Leitor 2: Rezemos por todas as pessoas de Vida Consagrada, para que sejam sinais de esperança onde vivem e atuam, e voz profética diante das situações e realidades que ferem a realização do projeto de Deus por vida plena.

Pai Nosso, 10 Ave Marias, Glória.

Canto mariano (à escolha).

 

  1. A Eucaristia: construir comunhão

A.: No Quinto Mistério contemplamos a instituição da Eucaristia. Cristo faz-se alimento com seu Corpo e Sangue nos sinais do pão e do vinho. Ele ensinou a dinâmica da partilha (Mt 26,26), relembrando suas práticas e ensinamentos anteriores, como a multiplicação dos pães e a oração do Pai nosso. Na narrativa de João (cf. 13,1-17), durante a Última Ceia, Jesus lava os pés de seus discípulos.

T.: Participar da Eucaristia é renovar nosso compromisso de seguidores e seguidoras do projeto de Cristo, é renovação e revigoramento de nossa vocação de servir com alegria.

Leitor 1: “O clima de sinodalidade permeou toda a Assembleia, uma experiência real de um caminho feito e trilhado em conjunto: Papa, bispos, padres, educadores, animadores juvenis, anciãos e jovens, homens e mulheres. Um caminho de reflexão sobre a Igreja, sua missão, seu estilo de acompanhar os jovens e seu discernimento vocacional. A colegialidade que une os bispos ao Papa no serviço ao povo de Deus é chamada a articular-se e enriquecer-se por meio da prática da sinodalidade em todos os níveis” (4CVB, 39-40).

T.: Participar da Eucaristia é renovar nosso compromisso de seguidores e seguidoras do projeto de Cristo, é renovação e revigoramento de nossa vocação de servir com alegria.

Leitor 2: Rezemos por todos os Ministros Ordenados de nossas comunidades, o(s) bispo(s) de nossa diocese, os presbíteros, de modo especial o nosso pároco e vigário(s), os diáconos permanentes, para que, à imagem do bom pastor, possam continuar sua missão com afinco, animando todas as demais vocações da comunidade, em busca da unidade, da comunhão e do bem comum.

Pai Nosso, 10 Ave Marias, Glória.

Canto mariano (à escolha).

 

Conclusão

A.: Façamos nossas as comoventes palavras com que Bártolo Longo, o apóstolo do Rosário, conclui a Súplica à Rainha do Santo Rosário:

T.: Ó Rosário bendito de Maria, / doce cadeia que nos prende a Deus, / vínculo de amor que nos une aos Anjos, / torre de salvação contra os assaltos do inferno, / porto seguro no naufrágio geral, / não te deixaremos nunca mais. / Serás o nosso conforto na hora da agonia. / Seja para ti o último beijo da vida que se apaga. / E a última palavra dos nossos lábios / há de ser o vosso nome suave, ó Rainha do Rosário de Pompeia, / ó nossa Mãe querida, / ó Refúgio dos pecadores, / ó Soberana consoladora dos tristes. / Sede bendita em todo o lado, / hoje e sempre, na terra e no céu (RVM 43).

 

Salve Rainha (pode ser cantado)

 

Concluir com a Oração Vocacional, em dois coros:

Lado A: Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, faze ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: “Vem e segue-me”.

Lado B: Derrama sobre nós o teu Espírito, que ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz.

Lado A: Senhor, que a Messe não se perca por falta de Operários. Desperta nossas comunidades para a Missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa.

Lado B: Senhor, que o Rebanho não pereça por falta de Pastores. Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres e diáconos. Dá perseverança a nossos seminaristas. Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja.

Lado A: Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, chama-nos para o serviço de teu povo.

Lado B: Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder SIM.

T.: Amém.

 

 

TERÇO DA VIDA CONSAGRADA

 

Rezemos pela vocação à Vida Consagrada com os Mistérios da Alegria (Gozosos). A cada mistério, uma intenção especial, dentro da variedade das expressões de vida consagrada na Igreja.

 

 

Orientações Gerais

Preparar o ambiente com símbolos vocacionais, vela, crucifixo, imagem de Nossa Senhora, ilustrações do mês vocacional... Escolher os cantos e distribuir as leituras com antecedência.

 

Introdução

Animador/a (A.): Iniciemos este momento oracional, com Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, agradecendo a Deus Uno e Trino pelas diversas expressões de Vida Consagrada na Igreja, a serviço do Reino de Deus. Saudemos, inicialmente, esse Deus misericordioso, cantando:

Todos (T.): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo estamos aqui...

Segue o Creio em Deus Pai...

Pai Nosso, três Ave Marias, Glória.

Canto: O Deus que me criou (missão para todos – 1ª estrofe) ou à escolha.

 

  1. A Encarnação de Jesus

A.: No 1º Mistério Gozoso contemplamos a Encarnação de Jesus, Filho de Deus.

Leitor 1: “O anjo entrou onde Maria estava e disse: Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo! Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo, então, disse-lhe: Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi... Maria, então, disse: Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” (Lc 1,28-31.38).

Leitor 2: Maria acolhe os desígnios divinos em sua vida e se disponibiliza a realizar a vontade de Deus. Abandona-se ao plano de Deus com generosidade e confiança, como mediação da salvação da humanidade.

Leitor 3: Rezemos este Mistério na intenção dos membros dos Institutos Seculares da Vida Consagrada. Como Maria, a Mãe de Jesus e nossa Mãe, respondem o seu SIM na diversidade de profissões, trabalhos, pastorais e serviços à Sociedade e à Igreja. Peçamos ao Senhor que os fortaleça e fecunde seus esforços e dedicação.

T.: Nossa Senhora do Sim, rogai pelos Institutos Seculares da Vida Consagrada!

Pai Nosso, 10 Ave Marias, Glória.

Canto: Maria do Sim ou à escolha.

 

  1. A Visitação de Nossa Senhora

A.: No 2º Mistério Gozoso contemplamos a Visitação de Nossa Senhora à Santa Isabel.

Leitor 1: “Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito exclamou: ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre! Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu’. Maria disse: ‘A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva” (Lc 1,39-42.45-48).

Leitor 2: Maria, em sua missionariedade, vai apressadamente à casa de Zacarias e Isabel, sua prima, que está grávida e coloca-se a seu serviço. Maria é a primeira cristã e discípula missionária. Leva Jesus à prima Isabel e a João Batista.  

Leitor 3: Rezemos este Mistério na intenção dos homens que consagram sua vida a Deus, não como padres, mas, como Irmãos, e vivem a sua consagração na missionariedade, na disponibilidade e nos serviços dedicados à Evangelização, nas diversas áreas, como Educação, Saúde, Assistência Social e Pastoral. Que a Mãe Maria os acompanhe e lhes conceda abundantes graças.

T.: Mãe Maria, primeira cristã e discípula missionária, rogai por todos aqueles que abraçaram a vocação de Irmão.

Pai Nosso, 10 Ave Marias, Glória.

Canto: Maria do Sim ou à escolha.

 

  1. O Nascimento de Jesus

A.: No 3º Mistério Gozoso contemplamos o nascimento de Jesus, o Filho de Deus.

Leitor 1: “Todos iam registrar-se, cada um na sua cidade natal. Por ser da família e descendência de Davi, José subiu da cidade de Nazaré, na Galileia, até a cidade de Davi, chamada Belém, na Judeia, para registrar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Enquanto estavam em Belém, completaram-se os dias para o parto, e Maria deu à luz o seu filho primogênito. Ela o enfaixou e o colocou na manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc 2,3-7).

Leitor 2: Jesus nasce entre os mais empobrecidos. Maria e José peregrinam para Belém. Enfrentam dificuldades, perigos e lhes falta as condições necessárias para hospedagem. Nessa situação de extrema pobreza e carência, nasce o Filho de Deus. Lembramos da realidade de imigrantes que procuram melhores condições de vida e passam por situações de precariedade e riscos de vida.

Leitor 3: Rezemos este Mistério na intenção da Vida Religiosa Consagrada, pioneira em abraçar, com profecia e generosidade, a causa dos pobres e sofridos. O Papa Francisco interpela a Vida Religiosa Consagrada a “despertar o mundo. Sejam testemunhas de uma forma diferente de fazer as coisas, de agir e de viver”. As religiosas e os religiosos falam ao mundo com a sua vida. O Papa acrescenta: “a prioridade da Vida Religiosa Consagrada é a profecia do Reino, não é negociável”.

T.: Mãe Maria, primeira cristã e discípula missionária, rogai pela Vida Religiosa Consagrada.

Pai Nosso, 10 Ave Marias, Glória.

Canto à escolha.

 

  1. A Apresentação de Jesus no Templo

A.: No 4º Mistério Gozoso contemplamos a Apresentação do Senhor Jesus no Templo.

Leitor 1: “Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. O menino crescia e se tornava forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele” (Lc 2,22.39).

Leitor 2: Maria e José seguiram os preceitos prescritos na lei de Moisés ao apresentar Jesus no Templo e consagrá-lo ao Senhor. 

Leitor 3: Rezemos este Mistério na intenção das Congregações e dos Institutos de Vida Contemplativa. O Papa Francisco demonstra apreço e agradece a todos os religiosos e religiosas que seguem Cristo na vida contemplativa, buscando o rosto de Deus, participando da missão da Igreja, sendo nela um coração de oração”.

T.: Maria, Mãe orante e silenciosa, rogai pela Vida Religiosa Contemplativa.

Pai Nosso, 10 Ave Marias, Glória.

Canto: Poucos os operários ou à escolha.

 

  1. A Perda do Menino Jesus e o encontro no Templo

A.: No 5º Mistério Gozoso contemplamos a perda do Menino Jesus e o encontro no Templo.

Leitor 1: “Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa. Quando ele fez 12 anos, subiram até lá, como era costume nessa festa. Quando regressavam, passados os dias festivos, o Menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o soubessem. Julgando que ele vinha na caravana, fizeram um dia de viagem e começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. Não o encontrando, voltaram a Jerusalém à sua procura. Passados três dias, encontraram-no no Templo, sentado no meio dos doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas” (Lc 2,41-51a).

Leitor 2: Na vida acontecem encontros e desencontros na tentativa de acertar os caminhos da missão. No entanto, os aspectos mais importantes são: a busca de caminhos, o discernimento, a alegria dos encontros e reencontros, da partilha e do diálogo.

Leitor 3: Rezemos este Mistério na intenção dos Institutos de Vida Apostólica, Vida Eremítica e a Ordem das Virgens. Estes constituem maneiras e expressões de seguimento de Jesus e de serviço ao Reino de Deus.

T.: Mãe Maria, primeira discípula de Jesus, rogai pelos seguidores e seguidoras de Jesus.

Pai Nosso, 10 Ave Marias, Glória.

 

Conclusão

A.: Confiantes e com o coração agradecido pelo chamado à Vida Consagrada, rezemos ao Deus Uno e Trino, com a Mãe de Jesus e nossa Mãe:

T.: Salve Rainha...

A.: E, para concluir o nosso momento orante, rezemos a Oração Vocacional, em dois coros:

Lado A: Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, faze ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: “Vem e segue-me”.

Lado B: Derrama sobre nós o teu Espírito, que ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz.

Lado A: Senhor, que a Messe não se perca por falta de Operários. Desperta nossas comunidades para a Missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa.

Lado B: Senhor, que o Rebanho não pereça por falta de Pastores. Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres e diáconos. Dá perseverança a nossos seminaristas. Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja.

Lado A: Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, chama-nos para o serviço de teu povo.

Lado B: Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder SIM.

A.: “O Senhor nos abençoe e nos guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre nós e nos conceda sua graça; o Senhor volte para nós o seu rosto e nos dê a paz” (cf. Nm 6,24-260).

T.: Amém.

 

Canto Final: Santa Mãe, Maria, nesta travessia (ou à escolha).

 

 

 

TERÇO MISSIONÁRIO

Rezemos pela vocação missionária com os Mistérios da Luz.

 

Orientações Gerais

Em cada Mistério serão rezadas diferentes jaculatórias no lugar das Aves Marias. Tanto as jaculatórias quanto as respostas mudam a cada Mistério. Será oportuno escolher os cantos e distribuir as leituras com antecedência.

 

Introdução

Animador/a (A.): Iniciamos o Terço Missionário com o coração agradecido por todos os benefícios e as graças que temos recebido de Deus Uno e Trino, especialmente o dom da vocação missionária. Cantemos:

T.: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo estamos aqui.

Segue o Creio em Deus Pai...

Pai Nosso, três Ave Marias e Glória, pedindo o fortalecimento da fé, da esperança e da caridade.

Canto: Pelo batismo recebi uma missão...

 

  1. O Batismo no Jordão

A.: No 1º Mistério Luminoso contemplamos o Batismo de Jesus no Rio Jordão. Rezaremos na intenção de nossa vocação missionária recebida no dia de nosso batismo, para que a vivamos com fé.

Leitor 1: “Quando todo o povo estava sendo batizado, Jesus também recebeu o batismo. E, enquanto rezava, o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre Jesus em forma visível, como pomba. E do céu veio uma voz: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho o meu bem-querer” (Lc 3,21-22).

Pai nosso...

(no lugar das 10 Ave Marias, rezar 10 vezes a jaculatória):

Leitor 1: Jesus, Missionário de Deus Pai.

T (Todos): Iluminai-nos e fortalecei-nos.

Glória ao Pai...

 

Canto: Fazer sempre o que Jesus disser, / no Evangelho e em sinais pela fé. / Sim, é a resposta que homem e mulher, / consagrados, alegres, de pé, / daremos a Deus!

 

  1. As Bodas de Caná

A.: No 2º Mistério Luminoso contemplamos as Bodas de Caná. Rezaremos na intenção da vocação e missão das famílias.

Leitor 2: “Naquele tempo, houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente. Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: ‘Eles não têm mais vinho’. Sua mãe disse aos que estavam servindo: ‘Fazei o que ele vos disser’. ‘Todo mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho bom até agora!’” (Jo 2,1-3.10).

Pai nosso...

(no lugar das 10 Ave Marias, rezar 10 vezes a jaculatória):

Leitor 2: Mãe, Maria de Jesus e nossa Mãe, olhai pela missão das famílias.

T (Todos): Fazei tudo o que ele vos disser.

Glória ao Pai...

 

Canto: Por causa de um certo Reino (1ª estrofe)

 

  1. O Anúncio do Reino

A.: No 3º Mistério Luminoso contemplamos o Anúncio do Reino de Deus, convidando à conversão. Rezaremos na intenção da vocação missionária ad gentes e além fronteiras.

Leitor 3: “Depois que João foi preso, Jesus dirigiu-se para a Galileia. Pregava o Evangelho de Deus e dizia: ‘Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no Evangelho’. Passando ao longo do mar da Galileia, viu Simão e André, seu irmão, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse-lhes: ‘Vinde após mim; eu vos farei pescadores de homens’. Eles, no mesmo instante, deixaram as redes e o seguiram” (Mc 1,14-18).

Pai nosso...

(no lugar das 10 Ave Marias, rezar 10 vezes a jaculatória):

Leitor 3: Deus, Uno e Trino, olhai e abençoai as missionárias e os missionários ad gentes.

T (Todos): Venha a nós o vosso Reino, Senhor.

Glória ao Pai...

 

Canto: Vós sois o Caminho, a Verdade e a Vida, / o Pão da alegria descido do céu.

 

  1. A Transfiguração do Senhor

A.: No 4º Mistério Luminoso contemplamos a Transfiguração do Senhor. Rezaremos na intenção dos serviços missionários na Igreja, que revelam o rosto transfigurado do Senhor Ressuscitado.

Leitor 4: “Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz. Nisto apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra e disse: ‘Senhor, é bom ficarmos aqui. Se queres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias’. Pedro ainda estava falando quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra. E da nuvem uma voz dizia: ‘Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-o!’” (Mt 17,1-5).

Pai nosso...

(no lugar das 10 Ave Marias, rezar 10 vezes a jaculatória):

Leitor 4: Deus Trindade, abençoai os diversos ministérios e serviços de vossa Igreja.

T (Todos): Este é o meu Filho amado. Escutai-o!

Glória ao Pai...

 

Canto: Tudo é possível nas tuas mãos, meu Senhor! A Eucaristia é teu milagre de amor.

 

  1. A Instituição da Eucaristia

A.: No 5º Mistério Luminoso contemplamos a Instituição da Eucaristia. Rezaremos na intenção de que a Eucaristia nos ensine a superar as desigualdades sociais.

Leitor 5: “Enquanto comiam, Jesus tomou um pão e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o, distribuiu-o aos discípulos, e disse: 'Tomai e comei, isto é o meu corpo.' Em seguida, tomou um cálice, deu graças e entregou-lhes, dizendo: 'Bebei dele todos. Pois isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos para remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim’” (Mt 26,26-28; Lc 22,19).

Pai nosso...

(no lugar das 10 Ave Marias, rezar 10 vezes a jaculatória):

Leitor 5: Jesus, Pão da Vida, que a fome seja superada pela justiça e a partilha.

T (Todos): Fazei isto em memória de mim!

Glória ao Pai...

 

Conclusão

A.: Com Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, agradeçamos ao Deus Trindade pela vocação e atuação missionária, na Igreja e no mundo:

T.: Salve Rainha...

A.: E, para concluir o nosso momento orante, rezemos a Oração Vocacional, em dois coros:

Lado A: Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, faze ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: “Vem e segue-me”.

Lado B: Derrama sobre nós o teu Espírito, que ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz.

Lado A: Senhor, que a Messe não se perca por falta de Operários. Desperta nossas comunidades para a Missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa.

Lado B: Senhor, que o Rebanho não pereça por falta de Pastores. Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres e diáconos. Dá perseverança a nossos seminaristas. Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja.

Lado A: Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, chama-nos para o serviço de teu povo.

Lado B: Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder SIM.

A.: Pedimos ao Deus Uno e Trino que derrame abundantes bênçãos e graças sobre todos os missionário

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