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Formados e instruídos pela Palavra

22/11/2019

Frei Almir Ribeiro Guimarães

Comentando a Liturgia do 5º Domingo de Páscoa

Três leituras, três ensinamentos, três momentos para o crescimento da comunidade do Ressuscitado.

A palavra do Senhor se espalhava (At. 6,7) - A comunidade que nasceu da pregação de Jesus e de sua paixão, morte e ressurreição ia fazendo seu caminho. Estava se dilatando. Dois serviços pareciam importantes: o cuidado caridoso das viúvas e a pregação da palavra. Chegaram aos apóstolos reclamações a respeito o descuido das viúvas por parte deles. Ora, os apóstolos estavam plenamente conscientes de que não podiam deixar de pregar. Eles haviam aprendido que a fé nasce da audição, da pregação. A solução foi a criação de um grupo que haveria de se ocupar do serviço da caridade. O nome mais conhecido do grupo criado era o de Estevão. Esses dois serviços continuam urgentes e atuais em nossas comunidades. Necessário fazer de sorte que homilias, catequeses, leitura orante da Bíblia não faltem na vida dos discípulos. A fé nasce da escuta da Palavra. Ministros preparados são instrumentos do nascimento de Deus no coração dos fiéis. Necessário também que muitos cuidem dos necessitados mais próximos e todos empreendamos empenhos na linha da justiça e da paz. “Entretanto, a palavra do Senhor se espalhava. O número dos discípulos crescia muito em Jerusalém e grande multidão de sacerdotes judeus aceitava a fé” (At. 6,7).

Pedras vivas de um edifício espiritual - Em sua primeira carta Pedro faz uma das mais clássicas e profundas descrições desse povo novo nascido da paixão, morte e ressurreição de Jesus: “Vós sois a raça escolhida, o sacerdócio do reino, a nação santa, o povo que ele conquistou para proclamar as obras admiráveis daquele que vos chamou das trevas para sua luz maravilhosa”.

Através do testemunho e da pregação dos apóstolos após a ressurreição e com a efusão do Espírito foram se reunindo os discípulos desse Mestre da Galiléia que foi confirmado pelo Pai como Senhor, arrancado da morte. Ora, esse povo novo é raça escolhida, como sacerdotes oferecem a criação, o trabalho,a vida ao Pai. Os membros desse povo santo e novo se reúnem para ouvir ensinamento dos apóstolos, celebram a presença de seu Mestre no seu meio. Pela alegria de viver a fé anunciam as obras realizadas em suas vidas. Foram tirados das trevas a agora iluminam o mundo com a claridade de sua vida. São igreja viva. São pedras vivas.
Pois eu vou para o Pai - Nesta quadra do ano litúrgico estamos prestes a celebrar a solenidade da ascensão do Senhor. Ele desaparecerá de diante dos homens. A natureza humana de Jesus, nossa carne humana, penetrará na glória. Esse que vai para o Pai promete ficar entre nós até a consumação dos séculos. E toda a comunidade cristã se rejubila com sua ascensão e fica esperando a força do alto, o paráclito que vem completar a obra começada pelo Filho.

Fonte: www.padrefelix.com.br