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SÃO ARIALDO DE MILÃO - SANTO DIÁCONO DE 27 DE JUNHO

27/06/2020

SÃO ARIALDO DE MILÃO - SANTO DIÁCONO DE 27 DE JUNHO

Era diácono em Milão. Conhecido por sua oratória e pregações inflamadas. Juntamente com Anselmo de Baggio (futuro papa Alexandre II – 1061-1073), Arialdo liderou a pataria, movimento social e religioso que se desenvolveu em Milão por volta do início do século XI, que buscava a reforma do clero e do governo eclesiástico. Tratava-se de um movimento contra a simonia, o nicolaísmo e pela reforma dos costumes do clero, dito por seus oponentes “pataria”. Questionavam, ainda, a nomeação como arcebispo daquela cidade: Guido Velatte (1045).

Após a morte do Arcebispo Ariberto de Intimiano, a população de Milão indicou quatro candidatos para sucedê-lo: Arialdo e Anselmo de Baggio (que futuramente seria o Papa Alexandre II) estavam entre os indicados. No entanto, em julho de 1045, o imperador do Sacro Império Romano Germânico, Henrique III, interviu e escolheu Guido de Velate.

A luta contra um clero incontinente e corrupto deu origem ao que foi chamado de “greve litúrgica”. O boicote às celebrações dos padres acusados de nicolaísmo e/ou simonia. As igrejas ficam desertas, despertando ainda mais o rancor e a rivalidade. Quando Anselmo se tornou papa, no entanto, o Diácono Arialdo experimentou uma espécie de triunfo, e chegou a abrir uma casa de formação para o clero. O Arcebispo Guido, por fim, defendera da autonomia da Igreja Milanesa, acabou excomungado.

Partidários do Bispo de Milão lançam-se contra o Diácono Arialdo que se escondeu no campo. O diácono foi assassinado a caminho de Roma, por adeptos do bispo Velatte, em 27 de junho de 1066. Seu corpo foi encontrado, apenas, em maio de 1067 e colocado em Milão na igreja do mosteiro de San Celso. Canta-se que estava incorrupto, como prova de sua santidade. Um culto popular se espalhou rapidamente. O papa Alexandre II o declarou mártir da Igreja. Em 1099 ele foi transferido para a igreja de San Dionigi e em 1528 definitivamente colocado no Duomo, em Milão.