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Histórico - Diaconado Permanente do Brasil

Numa sequência cronológica de seus mais importantes acontecimentos, a história da caminhada do Diaconado Permanente no Brasil.

Na década de 1960 - sobretudo após a restauração do Diaconado Permanente pelo papa Paulo VI, ocorrida em 18 de junho de 1967 - vão tomando corpo e expressão, em todo o país, as atividades e os movimentos ligados às Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Paralelamente, surge e vai crescendo o ideal do Diaconado Permanente.

1966-1967

Surgem os primeiros núcleos de formação e as primeiras Escolas Diaconais, destinados à preparação de candidatos ao Diaconado Permanente.

1968

Em Bogotá (Colômbia), em 22 de agosto, antes de abrir a II Conferência Geral do Episcopado Latino-americano em Medellin, o papa Paulo CI ordena o primeiro grupo de diáconos permanentes da América Latina, entre os quais se achavam quatro brasileiros: Alexandre Henrique Gruszynski, de Porto Alegre (RS); Pedro Cardoso da Silva, de Quirinópolis (GO); Benigno Lopes Rios e João Gonçalves Pereira Neto, de Salvador (BA).

1969

Em Florianópolis (SC), no dia 23 de fevereiro, acontece a primeira ordenação de diáconos permanentes em território brasileiro: o arcebispo metropolitano dom Afonso Niehues, confere o primeiro grau do Sacramento da Ordem a um homem casado e chefe de família, o já falecido diácono Eduardo Mário Tavares.

1970

De 17 a 19 de junho, realiza-se em Porto Alegre (RS), o primeiro Encontro Nacional de Diáconos Permanentes, quando foi debatida a problemática da inserção do diácono permanente na hierarquia da Igreja e nas suas comunidades. Em 12 de setembro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) encaminha à Santa Sé o pedido de restauração do Diaconado Permanente no Brasil e, em 14 de dezembro do mesmo ano, recebe, do Papa Paulo VI, a solicitada autorização.

1972

De 29 de abril a 1º de maio, efetua-se, em Florianópolis (SC) o I Encontro Inter-regional de Diáconos Permanentes, com a participação dos seguintes Regionais da CNBB: Sul 2 - Paraná; Sul 3 - Rio Grande do Sul e Sul 4 - Santa Catarina. Aprofundou-se a Teologia do Diaconado; concluiu-se que o candidato ao diaconado deve surgir da sua própria comunidade, e organizou-se uma Comissão Inter-regional de Diáconos Permanentes para troca de experiências.

1973

De 17 a 19 de novembro, em Caxias do Sul (RS), e com a participação dos Regionais Sul 2, Sul 3 e Sul 4 da CNBB, foi realizado o II Encontro Inter-regional de Diáconos Permanentes. Constatou-se: 1) a necessidade pastoral da diversidade de ministérios a serviço das comunidades; 2) que o diácono não pode viver e atuar de maneira marginal, mas deve estar inserido na Pastoral Orgânica da Diocese.

1975

De 28 a 29 de junho, em Apucarana (PR), e igualmente com a participação dos Regionais Sul 2, Sul 3 e Sul 4, juntamente com Oeste 2 - Mato Grosso do Sul, é efetuado o III Encontro Inter-regional de Diáconos Permanentes. Entre outros itens, debateram-se estes dois: "Serviços e Carismas" e "A Organização da Diocese de Apucarana, com suas paróquias, diaconias e regiões pastorais". Decidiu-se também que a Comissão Inter-regional de Diáconos Permanentes passaria a ter duas reuniões por ano.

1977

De 13 a 15 de maio, em Lages (SC), efetiva-se o IV Encontro Inter-regional de Diáconos Permanentes, com a participação dos Regionais: Sul 1 (São Paulo), Sul 2 (Paraná), Sul 3 (Rio Grande do Sul), Sul 4 (Santa Catarina), Oeste 1 (Mato Grosso) e Oeste 2 (Mato Grosso do Sul). Constatou-se que: 1) na maioria das dioceses, os diáconos permanentes estavam à margem da Pastoral Orgânica e da hierarquia; 2) é mais fácil convocar (e, depois, se preciso, dispensar) os ministros extraordinários da Comunhão e da Palavra (ministros descartáveis); 3) deveria haver mudança radical na seleção, preparação e acompanhamento do diácono permanente, bem como o envolvimento de sua família nesse processo de formação.

1979

De 18 a 20 de maio, em Sorocaba (SP), acontece o V Encontro Inter-regional de Diáconos Permanentes e o I Encontro Nacional do Diaconado Permanente, com a participação dos Regionais citados no item anterior. No decorrer desse encontro, um dos teólogos presentes contribuiu para uma melhor identificação e definição do "ser" e do "agir" do Diácono Permanente, quando, interrogado sobre a diferença existente entre um diácono permanente e um ministro extraordinário da Comunhão e do Batismo, ele respondeu: "A diferença é esta: o ministro extraordinário da Comunhão e do Batismo faz tudo o que o diácono permanente pode fazer, mas em nome do seu bispo; o diácono permanente faz tudo isso em força do Sacramento da Ordem e em nome da Igreja Universal". Viu-se ainda que o diácono permanente deve ser: um sinal sacramental do Cristo Servo; um animador de comunidades eclesiais.

1981

Nos dias 26 a 28 de junho, em Campo Grande (MS), são realizados o VI (e, por decisão da maioria dos seus participantes, o último) Encontro Inter-regional de Diáconos Permanentes, agora com a participação de 8 Regionais da CNBB com Diáconos Permanentes, bem como o II Encontro Nacional do Diaconado Permanente.

Durante esse II Encontro Nacional, mais precisamente no dia 28 de junho de 1981, estruturou-se a Comissão Nacional de Diáconos (CND), tendo sido eleitos e empossados os cinco diáconos permanentes que integraram a primeira Presidência da CND: Presidente Dorvalino Bertasso, de Apucarana, (PR); Ademí Pereira de Abreu, de Florianópolis (SC); Antônio Roque Klein, de Caxias do Sul (RS); Virgílio Primon, de Apucarana (PR) e Bertilo Horr, de Florianópolis (SC, com mandato de dois anos, ou seja, a perdurar até o II Encontro Nacional do Diaconado Permanente, então programado para 1983. Dentre outras importantes incumbências, logo confiadas a essa primeira Presidência da CND, constava a elaboração do Estatuto e do Regimento Interno da CND.

1982

Em janeiro, em Florianópolis (SC), sai a lume o primeiro número do Boletim da CND, "veículo de intercâmbio da vida diaconal no Brasil", que prestou um valioso serviço à causa do Diaconado permanente em nosso país. Seu primeiro Redator responsável foi o Diácono Ademí Pereira de Abreu, Secretário da CND.

A Presidência da CND, em sua quarta reunião ordinária, em Apucarana (PR), de 6 a 7 de fevereiro, convoca, para sua assessoria os seguintes diáconos: Alexandre Henrique Gruszinski, para a Liturgia; Willibaldo Lenz, para Assuntos Internacionais, e Aury Azelio Brunetti, para Imprensa.

Congregando ainda mais todos os diáconos permanentes radicados no Estado do Rio Grande do Sul, surge a primeira Comissão Regional de Diáconos Permanentes, Regional Sul 3.

1983

De 29 a 31 de julho, em Santo André (SP), realizou-se o III Encontro Nacional e a II Assembleia Geral dos Diáconos Permanentes de todo o Brasil, com expressiva participação de 6 bispos, 11 presbíteros, 104 diáconos permanentes, 37 esposas, 13 candidatos ao Diaconado Permanente e 4 seminaristas, tendo como tema central: "O Diaconado Permanente como fator de Renovação da Igreja no Brasil".

Durante esse encontro, foram eleitos, aclamados e empossados os membros da 2ª Presidência da Comissão Nacional dos Diáconos (CND) para o quadriênio 1983-1987: Dorvalino Bertasso (PR), presidente; Ademí Pereira de Abreu (SC), secretário; Antonio Roque Klein (RS), Encarregado da Memória do Diaconado Permanente; Bertilo Horr (SC), Responsável pelo Cadastro, e Pedro Tramontina (Santo André, SP), tesoureiro.

Ainda durante esse III Encontro Nacional, a Presidência da CND escolheu diáconos para comporem duas novas assessorias: Virgílio Primon, assessor da Tesouraria, e José Durán y Durán, José Waldomiro Leite da Silva e Alexandre Henrique Gruszunski, Revisão e Conclusão do Regimento Interno da CND.

Outro fato importante ocorrido durante esse III Encontro Nacional em Santo André (SP), foi a criação, em 30 de julho, da Comissão Regional dos Diáconos - CRD Sul 1 (São Paulo), cuja primeira presidência ficou assim constituída: Pedro Cassalter (Ribeirão Preto), presidente; Franco Chippari (Santo André), vice-presidente; Sylvio de Barros Bindão (São José dos Campos), 1º secretário; José Carlos Fortes (Botucatu), 2º secretário; e David José Ferreira (Itapetininga), tesoureiro. Um dos primeiros atos da primeira presidência da CRD Sul 1, que se propôs ser um "órgão de serviço e de animação da vida e do ministério diaconal no Estado de São Paulo", foi a criação do Boletim do Diaconado", cujo primeiro número saiu em 22 de abril de 1984, sendo seu redator responsável o diácono e jornalista Aury Azelio Brunetti (São Paulo, SP).

1984

Um dos fatores que contribuíram bastante para a consolidação e expansão da vida e do ministério do Diaconado permanente no Brasil foi, já a partir de 1982, o surgimento e o incessante crescimento, junto aos vários Regionais da CNBB, das respectivas Comissões Regionais de Diáconos Permanentes. E, já em 1984, duas dessas CRDs passavam a ter seus respectivos Bispos Acompanhantes, a saber: a CRD Sul 1 (São Paulo), o bispo diocesano de franca, dom Diógenes Silva Mathes, e o padre José Mahon, da Diocese de Santo André; e a CRD Sul 4 (Santa Catarina), o bispo diocesano de Caçador, dom Luís Colussi.

1985

Embora lentamente, algumas arquidioceses e dioceses brasileiras vão constituindo suas respectivas Comissões (Arqui)Diocesanas de Diáconos, e elaborando o seu Estatuto ou Regimento. A finalidade primordial da Comissão Arquidiocesana de Diáconos (CADIP) é promover a orientação e a animação da vida e do ministério diaconal no âmbito da respectiva (arqui)diocese, a fim de que os diáconos todos, em colaboração com os presbíteros e em harmonia com as diretrizes do seu arcebispo metropolitano ou bispo diocesano, possam, com eficiência e zelo apostólico, servir, cada vez mais e melhor o Povo de Deus. No Boletim da Comissão Nacional de Diáconos (CND), nº 15, Janeiro-Junho de 1986, Página 2), acha-se publicado, como sugestão e modelo, o Regimento da Comissão Arquidiocesana do Diaconado Permanente da Arquidiocese de Florianópolis (SC).

1986

Importante foi a participação dos quatro Delegados brasileiros - Dom Ângelo Domingos Salvador, bispo auxiliar de Salvador (BA); Padre Valter Maurício Goerdet, professor do Instituto Teológico de Santa Catarina e Diretor da Escola Diaconal São Francisco de Assis, da Arquidiocese de Florianópolis (SC); Diácono Dorvalino Bertasso, Presidente da Comissão Nacional de Diáconos (CND) e Diácono Ademí Oereira de Abreu, Secretário da CND - ao II Encontro Latino-americano sobre o Diaconado Permanente, convocado pelo CELAM e realizado em Cáguas, Porto Rico, de 19 a 23 de maio, com a participação do próprio CELAM e de mais de 12 países latino-americanos.

1987

Foram realizados dois eventos, de grande importância para o Diaconado Permanente em todo o país: de 19ª 22 de fevereiro, o IV Encontro Nacional e III Assembleia Geral de Diáconos Permanentes em Ribeirão Preto; de 20 a 23 de agosto, o Encontro Internacional de Diáconos Permanentes, em Itaicí, Indaiatuba, Arquidiocese de Campinas (SP).

Presidentes da CND:

  • Diácono Dorvalino Bertasso (Apucarana, PR) - 1981 - 1991.
  • Diácono Franco Chipari (Santo André, SP) - 1991 - 1999.
  • Diácono José Durán y Durán (Palmares, PE) - 1999 - 2007.
  • Diácono Odélcio Calligaris Gomes da Costa (Rio Claro, SP) - 2007 - 2011.
  • Diácono Zeno Konzen (São Leopoldo, RS) - 2011 - 2019.
  • Diácono Francisco Salvador Pontes Filho (Manaus, AM) - 2019...

Fonte: Diaconato Permanente - Visão histórica e situação atual - Diácono Aury Azelio Brunetti - Edições Paulinas, 1986

Primeira Diretoria

Primeira
Diretoria

Os quatro primeiros presidentes da CND

Os quatro primeiros
presidentes da CND

Diácono Dorvalino Bertasso - 1º presidente

Diácono Dorvalino Bertasso
1º presidente

Diácono Zeno Konzen - 5º presidente

Diácono Zeno Konzen
5º presidente

Diácono Chiquinho - 6º presidente

Diácono Chiquinho
6º presidente