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Conhecendo os verdadeiros valores da Vida

22/11/2019

Diácono Zeno Konzen - Presidente da CND

 

Presenciamos na sociedade moderna de consumo e individualista, um viver quase solitário do ser humano, como se Deus não existisse. Hoje em dia, pode-se fazer de tudo em nome da liberdade e dos direitos do indivíduo, até mercantilizar a própria vida e a dos outros. O poder que Deus nos concedeu, em alguns momentos, parece estar sendo utilizado para o bem de alguns grupos em detrimento do restante da população.

 

O domínio do homem pelo homem é muito triste e perigoso, além de ser contrário ao plano de Deus. Vivemos numa sociedade de consumo e de poder. Onde se diz: eu tenho, eu posso, isso é meu, eu acho assim e por aí adiante. E, estes fatos ocorrem, também, na Igreja, quando fiéis leigos e principalmente os ordenados se esquecem do “nós” e perigosamente tornam-se proprietários da Igreja. Quando as ações giram em torno do “eu”, criamos obstáculos ao crescimento das pessoas, não promovemos a partilha, e pior, desagregamos os fiéis da comunidade, ferindo os sentimentos e os corações das pessoas.

 

O que fazer diante de tais situações que nos distanciam do caminho evangelizador de nossa Igreja? Certamente haveremos de encontrar as respostas na palavra de Deus. Disse o Senhor: “Felizes, sobretudo, são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 11,28).  Vivendo o ano da Fé, devemos exercitar alguns valores evangélicos que nos une mais efetivamente ao amor de Deus, na vivência com nossos irmãos, onde encontramos Cristo no rosto de cada pessoa sofrida, desesperançada ou sem forças para transpor as dificuldades da vida. É aí, neste momento que a grandeza do amor do Senhor nos impulsiona a ouvir e atender o pedido de ajuda que os irmãos nos fazem. E o Senhor nunca deixou de atender nenhum pedido, apenas exigia fé, para que a ação salvífica se concretizasse.

 

Aproveitemos este ano da Fé ao máximo, não só nos estudos, reflexões e encontros, mas que coloquemos em prática essa vivência da Fé. Fazendo a vontade do Pai nos nossos irmãos em nossas comunidades ou fora delas. O falar é digno do profeta, o fazer é digno dos Santos. Façamos, pois, do nosso ministério diaconal que recebemos pelas mãos de nossos Bispos, ordenados no 3º grau da ordem, um exercício permanente da diaconia, principalmente no serviço, no atendimento mais pessoal de cada membro da comunidade em geral. Em nossa sociedade individualista e empobrecida de valores cristãos, nada mais apropriado que agirmos como verdadeiros soldados de Cristo, colocando-nos sempre a disposição das necessidades dos irmãos.

 

Como o Senhor veio para servir e não para ser servido, nós diáconos, que recebemos a graça santificante de ser servidores em nome de Jesus, possamos exercer nosso ministério com muita fé, esperança e caridade servindo nossos irmãos na Igreja e com a Igreja. Cada um assuma e faça aquilo que deve ser feito, pois, senão fizermos ninguém fará por nós! Sejamos um por todos e todos por um.  Jesus Cristo, Nosso Senhor, espera e confia em nós!