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Dia Internacional da Mulher... do diácono

08/03/2010

Diácono José Carlos Pascoal

Assessor de Comunicação da CND (ENAC) e Presidente do Regional Sul 1

No dia 08 de março comemoramos o Dia Internacional da Mulher. Eis a história: no dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

O que esse episódio e data têm a ver com a mulher do Diácono? Nada. Mas tem tudo a ver no sentido de dedicação, luta, reivindicação, proteção, direitos e deveres. Muitas vezes passam despercebidas pela própria comunidade que só tem olhos para a pessoa do Diácono. É nesse momento que o próprio Diácono precisa ter o discernimento de estar com a esposa, isto é, apresentar para a comunidade. Evita ciúmes, chateações e discórdia.

A esposa do Diácono luta no dia a dia para oferecer condições ao Diácono de poder exercer seu ministério com mais qualidade, não só no cuidado da casa e dos filhos, mas daquilo é necessário ao Diácono, como material litúrgico, vestimentas, objetos.

Há esposas que reivindicam melhores condições de trabalho e tratamento por parte dos presbíteros, quando não há reconhecimento ou ao menos uma ajuda de custo para exercer seu trabalho pastoral. Essa é uma das propostas feitas durante a Assembléia das esposas do Regional Sul 1 na reunião do Conselho Consultivo de dezembro de 2008 em Aparecida. Não só reivindicar condições de trabalho para o esposo Diácono, mas para cobrar do próprio Diácono seus deveres para com a CDD, CRD e CND, no sentido de participar de reuniões e encontros de formação e de contribuir financeiramente para a manutenção dos organismos dos diáconos.

Mas, o que mais chama a atenção é a INTERCESSÃO. Não é necessário estar sempre presente no exercício ministerial do Diácono: é preciso orar para que o Diácono cumpra sua missão na Igreja com amor, dedicação, qualidade. A figura de Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe é inspiração para que a esposa do diácono também seja como a Mãe: servidora. Prestando serviços pastorais à Igreja, em especial em favor dos pobres, e orando para que o Diácono nunca deixe de lado esse carisma especial: SERVIR.

Queremos prestar nossa homenagem à você, esposa do Diácono. Sua dedicação, seu silêncio, sua aceitação do ministério do esposo, seu apoio nos momentos difíceis, nos cansaços e dores. Sua intercessão, figurando nos "bastidores" da Igreja, isto é, não aparecendo ou querendo aparecer, mas, discretamente, agindo em favor do Reino de Deus. Com a intercessão das santas mulheres da Bíblia, em especial da Mãe Maria, pedimos a Deus que sempre a abençoe e essa benção seja extensiva ao seu lar.

Data do artigo: 08/03/2010