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DIÁCONOS A SERVIÇO DA CARIDADE, SEMPRE!

03/08/2020

DIÁCONOS A SERVIÇO DA CARIDADE, SEMPRE!

“Deus ama quem dá com alegria” (2Cor 9, 7)

Diác. Tupinan Dantas Costa, da CAD - Comissão Arquidiocesana de Diáconos de São Salvador da Bahia

              Para celebrar o dia do Diácono, na festa do martírio de são Lourenço, 10 de agosto de 2020, a CND – Comissão Nacional dos Diáconos – propôs aos diáconos e esposas a  participação na semana de são Lourenço através de textos, vídeos e outras atividades orientadas pela ENAC – Equipe Nacional de Assessoria e Comunicação -, com três proposições temáticas - inspiração da vida e martírio de São Lourenço para a sua vocação; quais são as luzes (alegrias) e sombras (dificuldades) do seu ministério; se seu ministério diaconal e familiar tem ajudado na formação dos futuros diáconos ou no despertar de novas vocações diaconais. Senti-me motivado a vivenciar essa experiencia, como resposta testemunhal dos 12 anos de vivencias do ministério diaconal.

            É louvável essa iniciativa da CND! Abre possibilidades para meditações, reflexões e descobertas sobre a fé, o ministério diaconal e a missão da Igreja em revelar o Amor de Deus através da Palavra, da Liturgia e da Caridade. É uma iniciativa que favorece os aspectos informativos e formativos, tão necessários para a comunidade diaconal. É oportunidade para adentrar-se no mistério do chamado de Deus para o cuidar de vidas, de pessoas e da dignidade da vida, em comunhão com a comunidade eclesial. E ainda, nesse momento em que se experimenta forte polarização de idéias com relação à concentração de poder, autenticidade da autoridade e rigidez dos estatutos, pensar meditar e refletir sobre o ministério diaconal é oportunidade para (re)encontrar-se com o caminho da humildade, da confiança e da fidelidade! Correlacionar a vida e martírio de são Lourenço com o caminho percorrido no ministério, abre-nos à possibilidade de apontar caminhos de esperanças para a apostolicidade do serviço eclesial!

            Após meditações, dediquei-me a escrever esse texto. Por favor, leia como um texto e não como um artigo, pois, ao escrever, o tempo não foi tão favorável. Preliminarmente, penso que seria provocativo partir da experiencia pessoal para universalizar pensamentos, sentimentos e esperanças das situações e realidades vivenciadas por todo o corpo diaconal. É assim que se apresenta essa pequena aventura, confiante na generosa participação e compreensão dos Irmãos e suas esposas!

            Faz bem reconhecer que já são muitas as vivencias e experiencias diaconais na Igreja do Brasil, que estão “escondidas” em famílias e comunidades, em estado de espera, como tesouro a ser (re)encontrado, (re)descoberto, apesar do curto tempo de restauração do ministério (menos de 60 anos). Precisamos (re)encontrá-los para enriquecer a vida diaconal, em sua formação, experiencias e vivencias! Também sabemos o quanto é cristão valorizar cada vivência ministerial em exercício, cada experiencia diaconal ativa e criativa, pois ela carrega em si um modo próprio, uma particularidade explícita e em conformidade com a sua (arqui)diocese, no seu contexto de discípulo missionário de Jesus Cristo!

            Dispomos, em três aspectos da vida eclesial, e diaconal, as questões mais urgentes em que são narradas as dificuldades para a compreensão da identidade diaconal, na condição de função eclesial em processo ainda de restauração. A inspiração vem da festa do martírio de são Lourenco com os textos litúrgicos para a celebração do dia. Esse texto pretende ser de entendimento fácil, e colaborativo. Sei que posso contar com o acolhimento generoso de todo Corpo Diaconal. A inversão da lógica, renomeando as sugestões (alegrias e dificuldades) e acrescentando uma conclusão, foi a configuração encontrada após a meditação. Como é festa, incorporei sinais das alegrias o exercício do ministério, em cada aspecto apresentado.

  1. A Expressão diaconal

“Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem não faz conta de sua vida neste mundo, há de guardá-la para a vida eterna” (Jo 12, 25)

            Um aspecto importante da vida diaconal, a ser meditado à luz das causas do martírio de são Lourenço, e que tem muitas consequências para todo o ambiente da fé, é a manifestação do ministério, a sua expressão, o seu perfil, o seu modo de fazer diaconia, a “espiritualidade diaconal”. Chamado a servir, o diácono revela-se em perfil, modelo, expressão diaconal no interior da Igreja assim como na exterioridade da sua vida pública. Faz bem recordar que, como ministério em processo de restauração, depois de mais de 500 anos, o diácono assimila e preserva, justamente, a visão de perfil/modelo, “reivindicado” pelas comunidades, principalmente entre a maioria dos ministros ordenados. Espera-se que o diácono se espelhe na tradição! Entre tantos perfil/modelos, o clerical é a obviedade, o destaque! E é nele que se destaca a marca da autoreferencialidade, reforçada, em tempos de tecnologias de comunicação de massa, do personalismo, do individualismo e da “virtualização” da fé. Penso que essa é uma questão merecedora de observações, pois espera-se do diácono uma atuação que colabore e anime a cultura da fraternidade na comunidade, em favor da comunhão e da unidade de Povo de Deus.

            Antes de mais nada importa salientar a alegria de ser vocacionado para animar a fé, principalmente de irmãs e irmãos que estão, assim como os diáconos, desejosos de viver em Deus! Estar a serviço do Reino, como enviado, discípulo missionário, é imensa alegria. Uma alegria que se renova e se comunica, uma doce alegria que vem do amor de Deus e que faz fervilhar o entusiasmo da fé para fazer o bem (Alegria do Evangelho, 2).

            Pensar na expressão diaconal a partir do testemunho de são Lourenço remete-nos, diretamente, ao que é mais determinante no “ser Diácono”, qual seja a relação de toda a Igreja com a tradição do termo “Consagrado”. É essa relação que determina a cultura eclesial com o exercício da “autoridade”, seja do diácono, presbítero, epíscopo, e fiéis leigos! E essa cultura, inegavelmente, está impregnada de excessos. Ela tem gerado um “devocionismo” que distorce, consideravelmente, a missão da Igreja em favor da vida fraternal! Existe, de fato, utilização inadequada e inapropriada da autoridade eclesial. E os diáconos também estão suscetíveis a essa realidade, nas duas formas! Atuando para servir na ação caritativa, corremos o risco de envolver-nos com práticas  (assistencialista, proselitista, nepotista, paternalista, clientelista...) que dificultam a cultura da vida fraternal. Afastar-se dessa cultura e desconstruir a mentalidade requer processos eclesiais, que não depende apenas dos esforços e empenho pessoal do diácono. De fato, é um desafio para toda a Igreja, chamada a ser mãe acolhedora dos filhos e filhas de Deus. Enfim, para os diáconos, os excessos no “perfil” clerical é como um vírus que, contaminando-o, contagia todo o ministério com a autossuficiência e expressões individualistas, que reforçam a diferenciação e a superioridade nas relações eclesiais. Parte dos conflitos que atrapalham o serviço ministerial e que impedem a comunhão eclesial, podem estar caracterizados por esse “contágio”. Ele afeta, diretamente o servir,  a essência da identidade diaconal, além de imprimir uma certa confusão no ser Igreja e no ser diácono. Penso que é um “vírus” de difícil erradicação, mas não impossível de imunidade!

            A Igreja apresenta ensinamentos que orientam para a “imunização” do vírus clerical. A Lúmen Gentium, constituição apostólica do Concílio Vaticano II, que trata sobre a Igreja como sacramento, já ensina sobre o caminho a ser percorrido, também pelos diáconos, na construção da cultura fraternal: 32. A santa Igreja, por instituição divina, é organizada e governada com uma variedade admirável. ‘Assim como num mesmo corpo temos muitos membros, e nem todos têm a mesma função, assim, sendo muitos, formamos um só corpo em Cristo, sendo membros uns dos outros’ (Rm. 12, 4-5). Um só é, pois, o Povo de Deus: ‘um só Senhor, uma só fé, um só Batismo (Ef. 4,5); comum é a dignidade dos membros, pela regeneração em Cristo; comum a graça de filhos, comum a vocação à perfeição; uma só salvação, uma só esperança e uma caridade indivisa. Nenhuma desigualdade, portanto, em Cristo e na Igreja, por motivo de raça ou de nação, de condição social ou de sexo, porque ‘não há judeu nem grego, escravo nem homem livre, homem nem mulher: com efeito, em Cristo Jesus, todos vós sois um’ (Gl. 3,28 gr.; cfr. Col. 3,11)”.

            O Papa Francisco está sempre demonstrando preocupação e, é insistente na advertência desse mal que tanto atinge todos ministérios. Em três cartas tratou dessa questão, com muita contundência. Destaquei trechos de cada uma, para meditação e reflexão, a fim de colaborar com o pensamento exposto:

20/08/2018: carta ao povo de Deus, referindo-se ao “relatório sobre vítimas de abusos de poder e de consciência” “... como é o clericalismo, aquela ‘atitude que não só anula a personalidade dos cristãos, mas tende também a diminuir e a subestimar a graça batismal que o Espírito Santo pôs no coração do nosso povo’. O clericalismo, ... gera uma ruptura no corpo eclesial que beneficia e ajuda a perpetuar muitos dos males que denunciamos hoje. Dizer não ao abuso, é dizer energicamente não a qualquer forma de clericalismo.

19/03/2016: Carta ao Cardeal Marc Ouellet, Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina: “... Olhar para o Povo de Deus é recordar que todos fazemos o nosso ingresso na Igreja como leigos. O primeiro sacramento, que sela para sempre a nossa identidade, e do qual deveríamos ser sempre orgulhosos, é o batismo. Através dele e com a unção do Espírito Santo, (os fiéis) ‘são consagrados para serem edifício espiritual e sacerdócio santo’ (Lúmen, 10). A nossa primeira e fundamental consagração afunda as suas raízes no nosso batismo. Ninguém foi batizado sacerdote nem bispo. Batizaram-nos leigos e é o sinal indelével que jamais poderá ser cancelado. Faz-nos bem recordar que a Igreja não é uma elite de sacerdotes, consagrados, bispos, mas que todos formamos o Santo Povo fiel de Deus. Esquecermo-nos disto comporta vários riscos e deformações na nossa experiência, quer pessoal quer comunitária, do ministério que a Igreja nos confiou. Somos, como frisou o concílio Vaticano II, o Povo de Deus, cuja identidade é ‘a dignidade e a liberdade dos filhos de Deus, em cujos corações o Espírito Santo habita como num templo’ (Lúmen, 9). O Santo Povo fiel de Deus foi ungido com a graça do Espírito Santo e, portanto, no momento de refletir, pensar, avaliar, discernir, devemos estar muito atentos a esta unção.

30/05/2018 carta, dirigida à Igreja do Chile: “Não há cristãos de primeira, segunda ou terceira categoria no povo de Deus. Sua participação ativa não é uma questão de concessões de boa vontade, mas é constitutiva da natureza eclesial. É impossível imaginar o futuro sem essa unção operando em cada um de vocês que certamente exige e exige formas renovadas de participação. Peço a todos os cristãos que não tenham medo de serem os protagonistas da transformação que está sendo reivindicada hoje e promovam alternativas criativas na busca diária de uma Igreja que queira colocar o que é importante no centro de todos os dias. Convido todos os organismos diocesanos – quaisquer que sejam suas áreas – a procurar conscientemente e lucidamente espaços de comunhão e participação, para que a unção do Povo de Deus descubra que suas mediações concretas se manifestam”.

 

  1. Discernimento

“Ele dá esmolas aos indigentes, sua justiça permanece para sempre, e ele ergue a fronte com dignidade” (Sl 111[112], 9)

            O que se aponta aqui, já tem elementos contidos no citado acima. Mas faz bem destacar! Percebe-se, ainda, que segmentos para o serviço caritativo, que clama por uma ativa e dinâmica diaconia, estão distantes e desconhecidos do olhar da Igreja. Mas antes, vamos apontar as nossas alegrias no crescimento espiritual. São muitas e, sucessivas! Vivencias bondosas, belas e surpreendentes que recolhemos e acrescentamos, porque alimentam o encantamento no cotidiano de servir à fé e a paixão pelo ministério!

* Penso que cada diácono sente imensa alegria ao perceber o seu crescimento na fé através do exercício diaconal. Estar a serviço do Reino de Deus nos dá muitas alegrias, seja qual for a forma, situação e condição! Alimentar a fé, através do serviço diaconal, é oportunidade particular de estar constantemente sentindo a graça do amor de Deus;

* O fortalecimento da vida matrimonial, no amor confirmado através da sua intensa ação expansiva, que ocorre por conta da ação conjugal, tão necessária para a expressão do serviço ministerial;

* A prática orante, que nos faz permanecer em contato mais profundo, e permanente, com a Boa Nova de Jesus Cristo, é outra alegria que sereniza nossa vida, motiva e renova as forças e esperanças;

* E, também, as muitas situações inesperadas que encontramos no cotidiano das vivencias ministerial, exigindo proximidade, criatividade e audácia nos dizem que estamos abraçados por Deus, iluminados pelo Espírito Santo e acolhidos pelo Ressuscitado, alegria maior.

            Mas, voltando, apesar dos quase 60 anos de restauração do ministério, há a impressão de que as vocações e ordenações ainda ocorrem de forma espontânea e provisória, gerando um crescimento quantitativo de diáconos “sufocados” nas limitações, incompreensões e distorções para o exercício da liderança dos serviços da caridade na Igreja. É que, como acontece desde a restauração, o serviço diaconal à caridade é visto, por parte significativa da Igreja, como de atuação subsequente, que pode ser remediado e, até mesmo, negado! Isso porque, desde de lá, falta-nos uma clara racionalidade programática sobre o serviço à caridade, pensado e estruturado em cada comunidade que acolhe a ordenação de diácono. A consequência dessa ausência é a vinculação subordinada do diácono, provavelmente ao sacerdócio do Pároco! As indicações das urgências para o serviço caritativo na comunidade, costumeiramente, ficam em suspense, à espera de um novo tempo. Sabemos que existem diversas iniciativas sensíveis à participação do diácono e que estão presentes nas comunidades. Mas não são configuradas para o serviço ordinário, determinante, como ocorre na sua participação para o altar! Uma racionalidade programática, universal (na particularidade de cada diocese), ajudaria no discernimento para a função diaconal. Facilitaria na compreensão e entendimento do ministério, oferecendo respostas claras às questões do que é ser diácono, porque ordenar, para que acolher e, como formá-los.

            Acredito que muitas das incompreensões (e até mesmo resistências) ao ministério diaconal podem ser superadas com um evidente instrumento específico, programático, que trate do serviço à caridade sob a responsabilidade do pastoreio diaconal.

  1. Prioridades

“Se alguém quer me servir, siga-me, e onde eu estiver, estará também aquele que me serve” (Jo 12, 26)

            O culto, os sacramentos e os atos litúrgicos de fé estão tradicionalmente no ambiente eclesial como razão de ser do exercício da fé! A forma como identificamos e vivenciamos, também no ministério diaconal, é de centralidade cotidiana, habitual e determinante. Todo o serviço diaconal está organizado e estruturado, efetivamente, para essa realidade.

            Novamente, permitam-me considerações preliminares. Outra imensa alegria é participação nas liturgias sacramentais. Não só participar, mas vivê-la intensamente é encontrar a felicidade! Nossa caminhada de fé, deve-se muito a liturgia sacramental. Em parte, somos obras de cada liturgia, participada e vivenciada! Nela encontramos a origem do nosso “ser diácono” ao tempo que é a fonte para a atualização dessa identidade! Nela, e somente ali, é que se pode sentir-se mais próximo do Senhor Ressuscitado, em sua pacífica ternura acolhedora e hospitaleira, como filho amado necessitado daquele alimento específico que sustenta a vida, a fé e a missão. Portanto, aqui não se pretende provocar um sentimento antilitúrgico. Também não se trata de considerações sobre a natureza litúrgica dos nossos cultos com os seus ritos e atos.

            Porém, outras limitações e fragilidades se impõem no testemunho diaconal por conta da sua centralidade de atuação na liturgia. Talvez seja esse o maior problema para a clareza da identidade diaconal! Parte significativa do corpo diaconal no Brasil, e talvez no mundo, tem atuação ministerial mais identificada com o servir às mesas que “às viúvas”, pessoas carentes e necessitadas. Também, aqui, as narrativas do martírio de são Lourenço diácono merecem meditações e reflexões. Percebe-se o quanto de dificuldades encontra a diaconia para se organizar, como igreja, em “ação sagrada”! Dificuldades que também distorcem a função do ministério diaconal. Elas facilitam a compreensão do personalismo clerical no ser diácono. A consequência imediata dessa realidade é a subordinação, e até mesmo anulação, da ação caritativa. Principalmente quando a habitual prática ministerial está subordinada a uma realidade eclesial exclusivamente para os sacramentos litúrgicos. Isso, por si só, já provoca distorções incomodas na identidade ministerial diaconal! Por isso que, vivenciar o ministério ordinariamente dessa maneira, significa, para alguns, desperdício do Dom diaconal.

            Ainda, diante da prioridade à ação litúrgica, importa considerar o quanto difícil é “imaginar” e implementar, no atual contexto eclesial, formas diversas e simplificadas de expressões do ministério, diante de tantas novas exigências que clama por “serviço às viúvas”, como Dom e Compromisso! Na maioria das vezes, a obviedade e a facilidade do serviço ao altar responde e “conforma” a atuação ministerial. Não por vontade própria! Grande parcela da Igreja não está preparada para o protagonismo diaconal, dinâmico e criativo, carismático e em comunhão. Mas nutre-se esperanças nas mudanças de mentalidades, de atitudes e posturas, e prioridades!

E, após essas palavras, penso que vale a pena festejar o dia do diácono alegrando-se com tudo o que o ministério realiza em nossas vidas. Entregar-se a essa alegria, assim penso, é permitir a presença bondosa e generosa de Cristo, através do seu Espírito que ilumina, encoraja e atua para transformar, fazer renascer, ressuscitar vidas entre vidas!

            Que o Senhor Ressuscitado conceda-nos amar os pobres e a Igreja e praticar os ensinamentos da Boa Nova, inspirados pelo testemunho de são Lourenço.

 

Diác. Tupinan Dantas Costa, da CAD - Comissão Arquidiocesana de Diáconos de São Salvador da Bahia, em 29/07/2020.

*Estou há doze anos vivenciando a Diaconia ministerial. Mas já são mais de 40 anos fazendo a experiencia do serviço, da caridade, da ação social e pastoral com os irmãos e irmãs da arquidiocese de são Salvador da Bahia. Desde o dia 16/03/2020 encontramo-nos em estado de reclusão. Eu e Sandra tomamos essa decisão assim que as aulas foram suspensas na rede pública estadual, onde atuo como Professor. Tomamos essa decisão fundada nas informações divulgadas através dos meios de comunicação, desde 29/12/2019. Desde aquela data que acompanhamos a crise virótica, com a atenção devida. Nossas férias profissionais (janeiro), a retomada de atividades pastorais suspensas (março) e a celebração dos trinta anos de matrimonio (abril/maio) foram afetadas preliminarmente.