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Documentos da CNBB 109 - Ação Evangelizadora

11/09/2019

Documentos da CNBB 109 - Ação Evangelizadora

Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2019 / 2023

Pistas para ação do Diácono Permanente

Pilar da Caridade: Serviço à Vida Plena 

102. Na fé cristã, a espiritualidade está centrada na capacidade de amar a Deus e ao próximo. Rezar e servir, amar e contemplar, são realidades indispensáveis para o discípulo de Jesus Cristo. Sem oração não existe vida cristã autêntica. Sem caridade, a oração não pode ser considerada cristã. Quando se contempla Deus, percebe-se a beleza do pequeno e do simples, e se educa o olhar para ver as necessidades do outro. Somente um olhar interessado pelo destino do mundo e do ser humano permitirá experimentar a dor pela situação que rege a história, mas que é superada pelo amor de Deus que a envolve. Somente contemplando o mundo com os olhos de Deus, é possível perceber e acolher o grito que emerge das várias faces da pobreza e da agonia da criação (LS, nº 53).

103. A Igreja reza, em sua liturgia, dirigindo-se ao Pai, recordando que Jesus "sempre se mostrou cheio de misericórdia pelos pequenos e pobres, pelos doentes e pecadores, colocando-se ao lado dos perseguidos e marginalizados. Com a vida e a palavra, anunciou ao mundo que sois Pai e cuidais de todos como filhos e filhas". (Missal Romano, Oração Eucarpistica VI D). Igualmente, suplica: "Dai-nos olhos para ver as necessidades e os sofrimentos dos nossos irmãos e irmãs; inspirai-nos palavras e ações para confortar os desanimados e oprimidos; fazei que, a exemplo de Cristo, e seguindo o seu mandamento, nos empenhemos lealmente no serviço a eles" (Missal Romano, Oração Eucarpistica VI D).

104. As questões sociais, a defesa da vida e os desafios ecológicos da atual cultura urbana, globalizada têm que ser enfrentados pelas nossas comunidades e também pels Igrejas particulares (Dioceses), em nível local, regional e nacional, em uma postura de serviço, diálogo, respeito à dignidade  da pessoa humana, defesa dos excluídos e marginalizados, compaixão, busca da justiça , do bem comum e do cuidado com o meio ambiente. Trata-se de chorar "com os que choram" (Rm 12,15). "Saber chorar com os outros: isso é santidade" (GeE, n.76). "Não sejamos uma Igreja que não chora diante desses dramas de seus filhos jovens. Nós queremos chorar para que a sociedade também seja mais maternal para que, em vez de matar, aprenda a dar à luz, para que seja promessa de vida. Choramos quando recordamos os jovens que já morreram pela miséria e pela violência, e pedimos que a sociedade aprenda a ser mãe solidária" (ChV, n. 75). (continua)