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Ninguém nasce filosofando. Filosofar também se aprende, e disso entende muito bem o estimado amigo professor Osvaldo – Branco –  Marques, um dos pioneiros no ensino de filosofia para crianças no Brasil. E aprender filosofia, de maneira romanceada, com a mediação da história e das peripécias de uma garota de quinze anos, então, é o que há!  

Sofia Amundsen é essa garota. Ela recebe cartões postais (de alguém que ela não conhece destinados a alguém que ela também não conhece) e bilhetes bem esquisitos, de alguém que não se identifica e questiona: “quem é você?”, “de onde vem o mundo?” etc.

Esse mistério todo é o fio condutor do livro “O Mundo de Sofia”, escrito pelo norueguês Jostein Gaarder. Traduzido em mais de sessenta idiomas, foi lançado aqui no Brasil pela Companhia das Letras, em 1995; atingiu rapidamente o cume da lista dos mais vendidos e ainda é o grande sucesso da editora, tendo vendido mais de um milhão de exemplares verde-amarelos.

Dotado de conhecimento sólido sobre o assunto e rara habilidade na arte da descomplicação, o autor nos leva, junto com Sofia, a viajar pelo mundo da filosofia. “De capítulo em capítulo, de “lição” em “lição”, o leitor é convidado a trilhar toda a história da filosofia ocidental – dos pré-socráticos aos pós-modernos –, ao mesmo tempo que se vê envolvido por um intrigante thriller que toma um rumo surpreendente.”

Quem já leu o livro e resolver resgatá-lo daquela prateleira lá do alto da estante, redescobrirá o prazer, o encanto e o valioso conteúdo que o texto oferece. Quem ainda não o leu, poderia incluí-lo na sua lista de atividades em tempos de pandemia e, certamente, não se arrependerá.

Quem não tem tempo para ler, pode ouvir o texto quando puder e onde estiver (disponível no Youtube).  Para os cinéfilos há a minissérie “baseada no livro que conquistou o mundo”, lançada no ano 2000, com 200 minutos de duração. 

Uma coisa é certa: embora tenha completado exatos 40 anos, a obra – atemporal – é conveniente, oportuna e saudável. Uma lanterna para iluminar estes tempos obscuros.

(Diácono Mario Braggio - junho de 2021)