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ENCONTRO NACIONAL DE DIRETORES E FORMADORES DE ESCOLAS DIACONAIS

24/10/2023

ENCONTRO NACIONAL DE DIRETORES E FORMADORES DE ESCOLAS DIACONAIS

Diácono José Oliveira Cavalcante (Cory) - Presidente da CND/BRASIL

“O Diaconado é vocação da Igreja, e se é vocação deve ser trabalhada e cuidada com o carinho e zelo devido aos nossos futuros ministros ordenados”. 

    Após um período de inatividade em virtude da Pandemia do COVID 19, retomamos neste final de outubro e inicio de novembro mais um encontro de Diretores e Formadores de Escolas DIaconais do Brasil promovido pela CND, na sua XVII edição.
    Os encontros de Diretores e Formadores das Escolas Diaconais sempre foram momentos importantíssimos na caminhada do Diaconado no Brasil.
    Cada encontro significou uma marca e um passo a frente nos desafios que a formação dos diáconos apresenta pelo seu caráter de novidade e pela conturbada situação do modelo formativo dentro de uma sociedade e de uma Igreja em que despontam novos paradigmas.
    Estamos com trinta e nove anos de caminhada. O primeiro encontro foi realizado em novembro de 1984, em São Caetano do Sul, diocese de Santo André (SP). Desde o primeiro encontro até o atual uma preocupação constante: “como conseguir uma formação integral para os futuros diáconos”. No primeiro encontro o tema principal foi como realizar uma adequada formação eclesial, teológica, espiritual e pastoral. Foi neste primeiro encontro de formadores que surgiu um esboço das “Diretrizes Básicas para a Formação dos Diáconos Permanentes”.
    A Conferencia Episcopal brasileira, considerando as exigências da preparação diaconal dispôs-se a aperfeiçoar as diretrizes para o diaconado do Brasil, “tendo diante de si as circunstancias culturais e sociais do tempo presente”.  Assim, em 16 de dezembro de 2011 foram aprovadas as atuais Diretrizes para o Diaconado Permanente da Igreja no Brasil - Formação, Vida e Ministério – Documento 96 da CNBB.
    Também neste mês de outubro está se desenvolvendo em Roma o Sínodo dos Bispos com o tema da sinodalidade, parte integrante na vida eclesial, na sua própria natureza. Hoje elevemos nossa preces ao Senhor, que Ele acompanhe todas as pessoas que participam do Sínodo em vista de uma Igreja sinodal que tenha a Comunhão, a Participação e a Missão. 
    “A sinodalidade exprime o ser sujeito de toda Igreja e de todos na Igreja. A vida sinodal testemunha uma Igreja constituída por sujeitos livres e diversos, unidos entre si em comunhão, que se manifesta de forma dinâmica como um só sujeito comunitário.” (Comissão Teológica Internacional, DI 48. N.55)
    O XVII Encontro Nacional de Diretores e Formadores de Escolas Diaconais tem como Tema: “O Diaconado e a Sinodalidade”, e como Lema: “Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós (...)” (At 15,28), tendo como eixo norteador a necessidade de uma formação de diáconos como apóstolos fiéis ao Evangelho na opção  pelos pobres e excluídos, numa Igreja em saída e na sinodalidade como nos pede o Papa Francisco, e em sintonia com as exigências das DGAE.
    Precisamos investir numa formação renovada dos candidatos e diáconos, naqueles campos que se configuram como essenciais no contexto de Igreja e de mundo: Economia de Comunhão, Educação Globalizada, Ecologia, Cuidado com a Casa Comum, Ecumenismo e Fraternidade Universal, Espiritualidade de Comunhão.
    O Diaconado é vocação da Igreja, e se é vocação deve ser trabalhada e cuidada com o carinho e zelo devido aos nossos futuros ministros ordenados. 
    A formação deve refletir no desenvolvimento harmônico do futuro diácono, na vida pessoal, familiar e comunitária e no bom desempenho do seu ministério; no pleno exercício do tríplice múnus do ministério ordenado; na vivência da dupla sacramentalidade (matrimônio-ordem); na espiritualidade diaconal. 
    Fundamentalmente, tornar-se discípulo-missionário do Senhor em vista de uma Igreja em saída e misericordiosa, num contexto de mudança de época. Para isso, é de fundamental importância ter sempre presente, desde o início do processo formativo, as cinco dimensões da formação (humano-afetiva, eclesial-comunitária, intelectual, espiritual e pastoral-missionária).
    Rogando a Deus que ilumine cada um dos participantes do Encontro de Formadores na tarefa urgente de dar cada vez mais visibilidade a uma “Igreja da escuta” e que, portanto, “deseja ser humilde” e valorizar a contribuição de cada batizado em vista da missão.