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MENSAGEM DO DIÁCONO CORY, ELEITO PRESIDENTE DA CND/BRASIL

05/04/2023

MENSAGEM DO DIÁCONO CORY, ELEITO PRESIDENTE DA CND/BRASIL

Exmo. Revmo. Dom João Salm

Bispo Diocesano de Novo Hamburgo (RS), Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada da CNBB, e Bispo referencial para o Diaconado do Brasil.

Meus queridos irmãos diáconos e esposas, meu irmão e amigo Padre Silvio Roberto Alcântara, presbítero assessor da CND/BRASIL.

Ao iniciar esta missão quero recorrer às palavras do Evangelista São João: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos destinei para que vades e deis fruto, e para que vosso fruto permaneça” (João 15,16).

Como ensina o Concílio Vaticano II, a Igreja é o povo de Deus e com a disposição de servir em Jesus Cristo, encontramos o melhor exemplo de serviço: Amar e Servir na Caridade.

A fim de que possa exercer bem a função de Presidente da CND, tomo minha a prece do salmista: “Dai-me bom senso, retidão e sabedoria” (Sl 118, 66). Tenho consciência de não ser fácil administrar um organismo como a CND, que pela graça de Deus a cada dia está aumentando o número de Diáconos no Brasil. Recorro também com humildade a Oração da Serenidade: “Senhor, dai-me serenidade para eu aceitar as coisas que não posso mudar. Dai-me coragem para eu mudar as coisas que eu posso mudar. Dai-me discernimento para eu conhecer a diferença”. Que, por esse discernimento, eu possa contribuir para a prática da comunhão e da unidade em nossa CND, seguindo esse ensinamento de Santo Agostinho: “Nas coisas essenciais, a unidade; nas coisas não essenciais, a liberdade; em todas as coisas, a caridade”. Sei que posso contar com a oração e o apoio solidário de cada um de vocês.

Nós diáconos, servimos ao povo de Deus na Diaconia da Palavra, da Liturgia e da Caridade, em comunhão com o bispo e com o presbitério. Esta comunhão é sustentáculo da unidade indispensável no exercício da missão para garantir fecundidade missionária para a vida da Igreja. Este é um compromisso que se traduz na fidelidade aos princípios e orientações evangelizadoras que definem as metas e compromissos missionários na Igreja Particular, na qual os diáconos estão inseridos como servidores.

Como diz o Documento de Aparecida e, nos lembrou tão bem Dom João Francisco Salm: “A Igreja necessita que todos os seus membros nunca percam a consciência de serem discípulos em comunhão” (DA 324). “Não há discipulado sem comunhão” (DA 156). A Igreja local, da qual fazem parte os ministros ordenados, precisa do testemunho do trabalho em equipe dos seus ministros, como condição para que todos os fiéis realizem a missão em unidade e comunhão.

Diálogo e comunhão não significam ficar esperando um pelo outro. Pelo contrário significa ir ao encontro, falar aberta e caridosamente. Portanto, a vivência e o testemunho da identidade e comunhão eclesial do diaconado fraterno e unido, servirão de exemplo e estímulo para outros membros da Igreja e será o objetivo final de que o ministério diaconal atua como verdadeiro ministério de unidade e comunhão na Igreja.

Meus queridos irmãos Diáconos!

Assumindo a missão de presidir a CND neste quadriênio, procurarei manter o trabalho desenvolvido pelo meu antecessor o Diácono Francisco Salvador Pontes Filho (Chiquinho) com quem tive a honra de ser seu Secretário Geral durante este mandato. Queremos manter o estímulo à filiação à CND. Na gestão que termina foram 1345 novos inscritos. Temos hoje um total de 4.742 diáconos cadastrados.  A nossa meta será atingir a marca dos 5.500 diáconos cadastrados à CND, o que significa 758 novas inscrições nos próximos 4 anos.

* Procuraremos intensificar e apoiar os projetos de formação em todos os níveis da graduação à pós-graduação, em comunhão com a CNBB e o Papa Francisco, procurando viver uma Igreja em saída fortalecendo o caminho da sinodalidade. Vamos Incentivar a formação permanente dos diáconos que os confirmem na sua vocação ao serviço da Palavra, Caridade e Liturgia.

* Apresentaremos o Projeto de revisão e atualização dos Estatutos Canônico e Civil, e o Regulamento das Assembleias, em unidade com a CNBB de quem somos organismo associado.  

* Procuraremos motivar as Comissões Regionais de Diáconos (CRDs) para incentivar seus bispos para a aplicação das Diretrizes da CNBB sobre o Diaconado, inclusive no que se refere à criação de diaconias ambientais, setoriais e territoriais.

* Seguiremos contribuindo com iniciativas nacionais para que o diaconato seja cada vez mais conhecido e valorizado, principalmente onde ainda não existe a presença desse ministério eclesial em sua forma estável e permanente;

* Vamos trabalhar propostas de grades curriculares mínimas a serem atendidas para a formação diaconal nas diversas dioceses brasileiras, em comunhão com as diretrizes da CNBB, mas que, ao mesmo tempo, tenham em mente as várias realidades do Brasil;

* Motivar a realização dos encontros inter‐regionais que contarão sempre com a presença de representantes da Presidência da CND ou Assessorias.

* Motivar a realização das Reuniões do Conselho Consultivo da CND, no nível presencial e virtual.

* Motivar a edição de um Ritual para a Celebração da Palavra para ser disponibilizado às dioceses e diáconos que assim desejarem.

* Motivar, retomar e dinamizar os Encontro de Formação para Diretores e Formadores das Escolas Diaconais, que deixaram de acontecer em virtude da pandemia da COVID-19.

* Acompanhar e apoiar o processo de beatificação do Servo de Deus diácono João Luiz Pozzobon.

Por fim quero deixar os meus agradecimentos e a minha gratidão:

Ao meu querido irmão Diacono Chiquinho, de quem acompanhei o trabalho ao longo destes 4 anos e, a quem certamente irei recorrer nas dificuldades à frente da CND, as minhas preces e os fraternos votos para que possa continuar exercendo o seu ministério na vivência da dimensão da Palavra, Liturgia e da Caridade.

A Dom João Francisco Salm, por sempre estar ao nosso lado, nos orientando e apoiando, e sei que continuaremos contando com seu apoio, aos nossos irmãos diáconos e familiares, companheiros de caminhada.

À minha amada esposa Eva, companheira de todas as horas e que, como tudo em nossa vida, sempre me deu o estímulo e apoio necessário para o exercício do meu ministério.

A Deus, que sempre me assistiu em meus trabalhos na vida e na missão, fortalecendo-me em minhas fraquezas, por tudo o que me concedeu aqui alcançar, que em tudo seja Ele louvado e glorificado por Jesus Cristo no Espírito Santo.

Invocando as bênçãos de Nossa Senhora Aparecida, São Lourenço e ao meu intercessor São Pio de Pietrelcina, que intercedam por todos nós em nossa vida e missão.

Minha gratidão e meu abraço fraterno a todos vocês.

Brasília (DF), 31 de março de 2023

Diác. José Oliveira Cavalcante - Presidente Eleito da CND/BRASIL.