MENSAGEM DO PRESIDENTE DA CND, DIÁCONO JOSÉ OLIVEIRA CAVALCANTE (CORY)
09/08/2024
DIA DOS DIACONOS
* Diácono José Oliveira Cavalcante (Cory)
“Os diáconos são precisamente o rosto da Igreja na vida quotidiana, de uma comunidade que vive e caminha entre as pessoas, e onde não é grande quem manda, mas quem serve” (Papa Francisco).
Queridos irmãos Diáconos, Paz e bem
Neste dia 10 de agosto, Festa de São Lourenço, Patrono dos Diáconos, homem de Deus que amou a Jesus Cristo em sua vida, e que o imitou também em sua morte, celebramos com alegria e gratidão a nossa vocação e serviço à Igreja.
Como diáconos, somos chamados a ser homem aberto a todos, disposto ao serviço em favor das pessoas, generoso no estimular as justas causas sociais, evitando posturas ou posições que possam fazê-lo aparecer como pessoa que toma partido. Um ministro de Jesus Cristo deve, de fato, favorecer sempre, também em sua condição de cidadão, a unidade e evitar, quanto possível, ser motivo de desunião ou de conflito”.
O Concílio Vaticano II, no texto da restauração do diaconado, lembra: “dedicados aos ofícios da caridade e da administração, lembrem-se os diáconos do conselho do bem-aventurado Policarpo: ‘Misericordiosos e diligentes, procedam em harmonia com a verdade do Senhor, que se fez servidor de todos’” (LG 29).
O Papa Francisco, através de gestos, palavras e testemunho nos permite afirmar que ele age como um autêntico diácono da solidariedade, da proximidade humana, da familiaridade, da alegria, da simplicidade, do despojamento evangélico. Dirigindo-se aos diáconos em Roma ele recorda suas três ideias breves que não vão na direção de “coisas para fazer”, mas de “dimensões para cultivar”. “Em primeiro lugar sejam humildes! Que todo o bem que vocês fazem seja um segredo entre vocês e Deus. E assim dará frutos”. "Em segundo lugar, espero que vocês sejam bons esposos e bons pais. Isto dará esperança e consolo aos casais que vivem momentos difíceis e que encontrarão em sua simplicidade genuína uma mão estendida”. “Por fim”, continua Francisco, “espero que vocês sejam sentinelas: não apenas que saibam identificar o afastado e o pobre - não é tão difícil - mas que ajudem a comunidade cristã a identificar Jesus no pobre e no afastado, enquanto ele bate à nossa porta através deles”.
A Igreja e a sociedade esperam muito dos diáconos, enquanto pessoas abertas a Deus e ao próximo. Antes de tudo, uma conduta fiel ao Espírito Santo, exemplo a ser imitado, testemunho de fidelidade ao mandamento novo: amar a Deus e ao próximo. A fidelidade ao Espírito Santo consistirá em uma vida casta e reta, tendo Cristo como referencial que "não veio para ser servido, mas para servir"
O Motu Próprio de S. Paulo VI indica os instrumentos para alimentar a vida espiritual do diácono: “a constante leitura e aprofundamento da Palavra de Deus, a participação na celebração eucarística, a frequência ao sacramento da reconciliação e a devoção a Nossa Senhora”.
Caríssimos irmãos Diáconos do Brasil, Deus vos abençoe com todo o seu amor e vos faça felizes na vocação e na missão. Às suas esposas e filhos, saúdo com respeito e admiração. A eles a Igreja agradece o apoio e a colaboração que prestam aos seus esposos e, respectivamente, pais no ministério diaconal.
Que Deus os recompense por tudo, os conserve fiéis na vocação e os enriqueça neste Ano jubilar, para que possam ser verdadeiros discípulos e missionários de Jesus Cristo em nosso tempo. Agradeço a todos pelo testemunho de fé e pelo compromisso em servir a Deus e aos irmãos, especialmente os mais necessitados nas regiões onde exercemos nosso ministério.
O diácono e mártir São Lourenço nosso Patrono, interceda por todos junto a Deus, inflame seus corações com o mesmo amor com que ele entregou sua vida por Jesus Cristo e pelos irmãos.
* Presidente da Comissão Nacional dos Diáconos do Brasil