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Mês Vocacional - vocação de serviço

26/07/2010

Diácono José Carlos Pascoal

Assessor de Comunicação da CND (ENAC), Presidente do Regional Sul 1 e agenda da PASCOM diocesana.

A família, no mundo todo, vem sendo hostilizada, humilhada, em nome da “liberdade” (libertinagem?), do “direito de agir” (egocentrismo?), das “leis em favor (?) do povo”. No Brasil não é diferente: após a aprovação da Lei do Divórcio, na calada da noite no Congresso, agora se aprova a rapidez no processo de separação e divórcio “para que os separados não fiquem traumatizados com a situação”, como disse em entrevista um dos congressistas.

Embora também aleguem pensar nos direitos dos filhos (resolução rápida para saber com quem fica a guarda), reflitamos: não são os filhos quem mais sofrem com a separação? Será que está sendo respeitado o direito da criança?

A Semana da Família, celebrada de 08 a 15 de agosto – na Diocese de Jundiaí, de 21 a 28 de agosto -, refletirá uma frase do Papa Bento XVI: “Família, formadora dos valores humanos e cristãos”. Esses valores que continuam vivos na Igreja parecem “desatualizados” na sociedade, chamados de retrógados por alguns liberalistas. Sugiro a reflexão de uma frase repetida várias vezes por dia na programação da Jovem Pan: “A Família é o berço de tudo”.

Não apenas no Dia dos Pais (hoje muito mais comercial que comemorativo), mas durante o mês vocacional, meditemos como anda a nossa vocação de pais, de esposos, de filhos. Não apenas como Igreja, mas também como sociedade. Se resgatarmos os valores humanos e cristãos, lamentaremos muito menos a violência, o consumo de drogas, a liberalidade sexual, os conflitos éticos e religiosos. Mesmo a disputa religiosa nas famílias, hoje dividida no seguimento, que provoca conflito de interesses religiosos ou sectários.

O Matrimônio é Sacramento de Serviço, onde os cônjuges se propõem a servir no Amor e pelo Amor. A doação leva a viver plenamente a Vocação. Assim sendo, promove outra Vocação de Serviço: o Sacramento da Ordem. É na família que surgem as vocações diaconal e presbiteral, bem como para a Vida Consagrada e Religiosa. A sociedade parece impor às famílias o “não” à vida consagrada. É preciso estimular os que se sentem chamados a servir a Deus a seguirem sua vocação.

O Presbítero, como Padre, “pai” de uma Comunidade, embora abdique da presença de sua família para servir outras famílias, deve ser acolhido na comunidade para uma vida em família. Contribui para o crescimento da Comunidade o fato de ter o Padre como membro da família. Às vezes há distanciamento por timidez ou certa retração do Padre, bem como pelo fato de que para alguns paroquianos o Padre é uma figura distante, vista apenas no Altar ou no Confessionário.

A família contribui também para a Vocação Diaconal Permanente. O Diácono Permanente, na maioria das vezes casado e pai de filhos, testemunha a família na Igreja e testemunha a Igreja na família. A vocação diaconal nasce na Comunidade, contribui para o crescimento da Igreja/Família. O Diácono serve aos pobres, celebra a Palavra. Embora desconhecido para alguns (ainda se pergunta se Diácono é Padre ou Acólito), o Diácono é muito importante para a comunidade.

Vocação Matrimonial, Vocação Matrimonial e Vocação Diaconal são Vocações de Serviço. Rezemos pelas famílias, pelos padres e diáconos para que sejam transformadores da sociedade. Dia 4 de agosto, dia de São João Maria Vianney, Dia do Padre. Dia 08 de agosto, Dia dos Pais, Semana da Família. Dia 10 de agosto, Dia de São Lourenço, Dia do Diácono.

Data do artigo: 26/07/2010