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Missão e Aparecida

02/07/2009

Diácono José Carlos Pascoal

Assessor de Comunicação da CND (ENAC) e Presidente do Regional Sul 

Há uma força interior muito grande emanada da Casa da Mãe Aparecida, para motivar a todos os brasileiros. Semanalmente, milhares de peregrinos das mais diversas regiões do país se dirigem à Aparecida para venerar a Mãe Negra de todos nós.

Estamos ainda colhendo os frutos da presença do Santo Padre Bento XVI entre nós, bem como estamos vivendo intensamente o Documento de Aparecida, texto conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe. A Igreja nos exorta a ser “discípulos missionários de Jesus Cristo”.

Neste mês missionário, fechando o “trimestre de ação, decisão e vocação de todo batizado”, somos questionados em nosso ministério. Estamos realizando a vontade de Jesus, indo ao encontro do pobre (opção preferencial)? Estamos exercendo o ministério diaconal por excelência que é a Caridade?

A Igreja é sábia. Inspirada pelo Espírito Santo ela nos propõe o Mês Vocacional (agosto) para a descoberta da vocação, para refletir sobre a vocação escolhida, para questionar a própria vocação.

Em seguida, nos oferece o Mês da Bíblia (setembro) para ouvir, deixar cair na mente e no coração e viver conforme os ensinamentos de Deus. Não basta a vocação, a vontade de servir: é necessário formação, capacitação, desejo de anunciar aquilo que experimentamos e testemunhamos.

Finalmente, o Mês Missionário, para por em prática a Vocação descoberta, os carismas e dons, para viver plenamente a Palavra como profeta, anunciando e denunciando, tendo como objetivo o anúncio querigmático. O Diácono Permanente é animador de comunidade por excelência, por estar mais próximo e no meio do povo. A sua vocação é servir, ir ao encontro do pobre, levar a Igreja aos lugares onde ela não é conhecida.

Eis o que nos exorta o Documento de Aparecida: “Alguns discípulos e missionários do senhor são chamados a servir à Igreja como diáconos permanentes, fortalecidos, em sua maioria, pela dupla sacramentalidade do matrimônio e da Ordem. São ordenados para o serviço da Palavra, da Caridade e da Liturgia, especialmente para os sacramentos do Batismo e do Matrimônio; também para acompanhar a formação de novas comunidades eclesiais, especialmente nas fronteiras geográficas e culturais, onde ordinariamente não chega a ação evangelizadora da Igreja” (Doc. AP, 205).

Para que não paire dúvidas sobre a missionariedade do Diácono Permanente, o Documento de Aparecida traz no número 208: “A V Conferência espera dos diáconos um testemunho evangélico e impulso missionário para que sejam apóstolos em suas famílias, em seus trabalhos, em suas comunidades e nas novas fronteiras da missão”.

É entristecedor ver Diácono preso somente às Celebrações Litúrgicas, considerando que ai se completa o tríplice múnus: Palavra, Liturgia e Caridade. É preciso entender que a Palavra nos impulsiona à Missão; a Missão nos leva ao encontro dos necessitados, resultando na Caridade; a Caridade se completa na Liturgia celebrada nas casas, pequenas comunidades, favelas, presídios. Viver o que se celebra, Celebrar o que se vive.

Que os diáconos paulistas sintam a necessidade de comunhão e missão, participando da 16ª romaria Estadual de Diáconos e Esposas com Maria em Aparecida no dia 15 de novembro. Agradecer à Mãe por aquilo que estamos conseguindo produzir; pedir à Mãe para que interceda ao Filho Jesus, para que não nos deixemos tomar pelo comodismo e inércia e nos coloquemos de coração aberto ao serviço em favor dos irmãos.

Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós.

Data do artigo: 02/07/2009