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O diácono e a devoção Mariana

04/05/2009

Diácono José Carlos Pascoal

Assessor de Comunicação da CND (ENAC) e Presidente do Regional Sul 1

O mês de maio tem suas particularidades: é chamado de "mês das flores", "mês das noivas", "mês do Matrimônio", "mês das Mães" e, essencialmente "mês de Maria", marcado, principalmente, pela 1ª aparição da Mãe de Jesus aos pastorinhos de Fátima, Portugal.

A devoção mariana é fundamental para entendermos a missão diaconal no sentido de família, matrimônio, oração, servidão, simplicidade e discernimento. Aprender a ficar "nos bastidores" e não aparecendo no centro de tudo. A diaconia da Mãe de Jesus e nossa Mãe nos inspira a sermos simples e ousados, a prestar atenção nos detalhes e, principalmente, nas necessidades do próximo (cf. Jo 2, 10). A ir ao encontro das pessoas necessitadas, não como simples visitadores, mas, como servidores (cf. Lc 1, 39-45).

O Diretório do Ministério e da Vida do Diácono Permanente (Doc. 157 da Congregação para o Clero do Vaticano), mostra: "A participação no mistério de Cristo Servo orienta necessariamente o coração do diácono em direção à Igreja e daquela que a sua Mãe santíssima... O amor a Cristo e à Igreja está profundamente ligado à Santíssima Virgem, a humilde serva do Senhor que, com o irrepetível e admirável título de mãe, foi companheira generosa da diaconia do seu divino Filho (cf. Jo 19, 25-27). O amor à Mãe do Senhor, baseado na fé e expresso na oração cotidiana do rosário, na imitação das suas virtudes e na confiante entrega a ela, dará sentido a manifestações de verdadeira e filial devoção.

Todo Diácono deve ter uma profunda veneração e afeto a Maria; com efeito, "a Virgem Maria foi a criatura que mais do que ninguém viveu a verdade plena da vocação, por que ninguém como ela respondeu com um amor tão grande ao imenso amor de Deus. Este amor particular à Virgem, Serva do Senhor, nascido da Palavra e todo enraizado na Palavra, deve converter-se em imitação da sua vida. Será este um modo de introduzir na Igreja a dimensão mariana que muito se adapta à vocação do diácono" (57).

As Diretrizes para o Diaconado Permanente (Doc. 74 da CNBB), quando fala da espiritualidade do Diácono traz esta exortação importante: "dessa espiritualidade brota também o amor filial para com Maria, mãe de Jesus, a grande servidora que manteve plena fidelidade aos desígnios do Pai, modelo de disponibilidade e amor para todo servidor. Contemplando-a, os diáconos aprenderão o significado de uma total dedicação de amor à missão, ao louvor de Deus e à salvação dos irmãos, aprofundando sua identificação com a vontade de Cristo (Jo 2,5), que procura em tudo a vontade e a glória do Pai (Jo 4,34; 17,4)".

Portanto, temos um modelo de diaconia, motivado pelo Cristo Servidor, que é Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe. Que o Senhor nos ajude a manter viva a chama do amor e da servidão, despertadas em nossa vocação e, principalmente, em nossa ordenação.

Data do artigo: 04/05/2009