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O MINISTÉRIO DIACONAL PARA COM OS ENFERMOS

13/07/2023

O MINISTÉRIO DIACONAL PARA COM OS ENFERMOS

Diácono Dr. Moacir Rodrigo Francisco de Paula
Diocese de Jundiaí (SP)

São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), ficou doente muito jovem. Deixou relatado em seu diário, o sofrimento que passava, com sua internação, seu isolamento, sem poder ver o sol, a natureza, sem nada... A enfermidade, o silêncio e o abandono, a solidão, o fazia sofrer na alma, recordando o mundo e a liberdade, tudo o oprimia... Em seus pensamentos ficava triste, achando-se, sem o amor de Deus e esquecido, desconsolado na vida.

 A doença é o maior dos sofrimentos para o ser humano. Como médico e paciente que já fui e pai de filho que teve doença grave, sei bem o que é passar por esse sofrimento, Como seres sencientes, temos além de tudo consciência  em nossa vida: do envelhecimento, da doença e da morte, Caminho que nos causa medo e insegurança.

Como seguidores de Cristo, somos consolados pela fé, mas muitas vezes fraquejamos e vacilamos na esperança. Nos momentos de doença somos vulneráveis e muitas vezes dependentes dos outros, temos expectativas e necessidades de atenção e de se sentir amados pelos parentes, amigos e colegas, e somos decepcionados. Nessa hora, são muitos os que desaparecem do convívio, verdade que muitos não visitam os enfermos por não saberem como lidar com esses, outros não se sentem confortáveis, e as vezes até ´por medo de contágio, timidez, falta de empatia, ou simplesmente indiferença ao sofrimento do outro, nunca se imaginou que também um dia poderá estar doente.

No Evangelho, Jesus nos ensina a Compaixão, o Amor ao próximo, para vencermos tudo o que é mal. Na parábola do Bom Samaritano, passaram o Levita, e o Sacerdote, e o Samaritano e foi justamente o Samaritano que se compadeceu com o homem ferido no caminho, cuidando de suas feridas e encaminhando-o para ser cuidado e se responsabilizando por ele.

Chama a atenção também nos dias de hoje a falta de amor e compaixão para com o próximo, no atendimento as pessoas em situação de necessidade de socorro, muitos passam por elas e nada fazem.

Também nós como diáconos podemos estar agindo assim, apesar de ministros ordenados, ainda não entendemos como parte da diaconia servir também aos doentes paroquianos e também aos nossos irmãos de ordem. Precisamos avaliar como estamos agindo em tais situações, pois somos fracos e limitados.