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Presidência da CND realizou reunião com Assessorias por videoconferência

30/05/2020

Presidência da CND realizou reunião com Assessorias por videoconferência

Presidida pelo presidente da Comissão Nacional dos Diáconos – CND, diácono |Francisco Salvador Pontes Filho (Chiquinho) e coordenada pelo secretário da CND, diácono José de Oliveira Cavalcanti (Cory), foi realizada nesta sexta-feira, 29 de maio de 2020, às 20h, reunião por videoconferência da Presidência da CND com a ENAP – Equipe Nacional de Assessoria de Comunicação e ENAC – Equipe Nacional de Assessoria de Comunicação.

Após a oração inicial e acolhida pelo presidente e o secretário apresentar a pauta, destacou-se primeiro o uso de ferramenta de tecnologia para reuniões e o tema da formação diaconal, debatendo a alternativa de EAD – Ensino À Distância. “Deveríamos utilizar mais essas ferramentas de comunicação e promover reuniões específicas da Diretoria, e com Assessorias e Regionais, aproveitando este tempo de necessidade por causa da pandemia para aprimorar os seus usos”, disse o Diácono Cory.

“Acho que ficou claro quando manifestei dois aspectos: a formação inicial, somente onde houver necessidade, devido grandes dificuldades de recursos financeiros, logística e outros, e formação permanente, envolvendo graduação e um curso qualificado. Este deveria ser o foco. Outras possibilidades estão descartadas por uma série de outros fatores. A ideia é ter um projeto de escola disponível para oferecer levando em conta essa realidade. Isto nos permite avançar buscando as parcerias que já aventamos, com Uninter, Claretiano, Puc Minas e outros”, falou o presidente.

O coordenador da ENAP, diácono José Gomes Batista abriu o debate sobre a Formação à Distância pedindo prudência e mais estudos. “Não priorizar somente a EAD, mas, através de estudos, oferecer alternativas. Um exemplo do que foi levantado: fazer o Encontro Nacional dos Diretores e Formadores de Escolas Diaconais online deve ser pensado com mais calma, pois envolve muita gente”. Para o diácono Vinícius Antonio Melo Souza, da ENAP, é possível, com a tecnologia de hoje, conciliar a formação intelectual com a formação pastoral (que poderia ser local, presencial). Para o Diácono Luciano Lima Santana, da ENAP, quanto à formação permanente, a CND deve ser interlocutora junto às universidades que oferecem programas de formação.

Em sua manifestação, o diácono Alberto Magno Carvalho de Melo, Assessor de Relações Internacionais, relembrou que o EAD é anseio antigo da CND. “Educação à Distância é um instrumento do qual não podemos abrir mão. É um desejo antigo de usar esta ferramenta na formação de diáconos. Seja inicial, seja formação permanente. A preocupação em proporcionar a formação inicial nasceu do desejo dos bispos que não têm condições de criar uma escola diaconal na diocese por falta de formadores. Há lugares com poucos sacerdotes e estes já estão sobrecarregados e não há como impor mais uma tarefa desse porte. Não se trata de substituir as atuais escolas diaconais por uma formação à distância. Nem mesmo de dar essa opção para os lugares que já estão sendo atendidos. Nunca se ventilou isso, portanto, não há que se falar em esvaziamento das atuais escolas. Estas têm que ser valorizadas e fortalecidas. A necessidade da formação permanente é consenso entre nós. Já poderíamos aproveitar as Universidades interessadas e estudar de que forma a CND poderia atuar: convênios, desenvolvimento de conteúdos específicos etc.”

O vice-presidente da CND diácono Julio Cesar Bendinelli, falou das orientações das Diretrizes para o Diaconado Permanente do Brasil, da preocupação em buscar consenso com bispos, diretores e formadores de Escolas Diaconais. "É sempre necessário cautela quando o assunto é formação à distância. A formação do clero tem certas peculiaridades que vão além da questão intelectual. Há o receio de se criar, por assim dizer, um clero de segunda categoria, de ordenar pessoas sem considerar todas as dimensões formativas em seu conjunto e também as condições de formação em cada parte do nosso enorme Pais, com tantas realidades diversas. Nesse sentido, a palavra chave com relação à formação nas atuais diretrizes para o diaconado permanente (doc 96) parece ser INTEGRAÇÃO. Integração dos candidatos/aspirantes entre si, com suas famílias, dos candidatos com os seminaristas (inclusive com disciplinas comuns quando possível), dos candidatos com os padres e sobretudo com o bispo – a partir da experiência da escola diaconal. Antes de trilhar esse caminho (EAD), seria importante consultar os diretores/formadores de escolas diaconais, Setor de Vocações e Ministérios da CNBB, etc. Escutar o bispo referencial, o Setor de Formação para o Clero da CNBB...”.

O diácono Bendinelli sugere esse modelo de EAD sobretudo para a formação permanente, para disciplinas que estão para além da grade curricular mínima proposta pela CNBB, bem como pensar nas especializações, cursos de extensão.. "É sempre bom clarear as propostas de EAD, que podem ser mais uma importante ferramenta formativa, desde que isso não venha a enfraquecer,.de alguma forma, as atuais escolas diaconais, o que nem de longe é ideia da CND”, completou.

Na pauta relativa à ENAC, o diácono Leandro Marcelino dos Santos apresentou as ferramentas do site da CND para agilizar a filiação dos novos diáconos permanentes e a obtenção da nova carteirinha diaconal da CND. Explicou também sobre a forma de os diáconos que possuem a atual carteirinha, obterem a nova. Diácono Leandro produzirá vídeos curtos elucidativos para explicar cada detalhe da filiação e da carteirinha.

Os diáconos José Bezerra de Araújo e José Carlos Pascoal, da ENAC, falaram das dificuldades de se obter notícias dos Regionais. Muitos se comunicam internamente e não compartilham com a ENAC para divulgação. É necessário também, um incentivo maior para que, através dos presidentes dos Regionais (CRDs), os diáconos e suas famílias e comunidades, acessem o site da CND (www.cnd.org.br) para informação, formação e partilha. “A ENAC está à disposição para divulgar, mas as notícias precisam chegar até”, comentou o diácono Bezerra. O diácono Pascoal também anunciou que está reorganizando o arquivo documental e de fotos da CND, que está sob sua guarda, para que, quando disponibilizada a sede em Brasília, esse arquivo possa estar disponível para consulta.

Diácono Chiquinho encerrou a reunião falando da assistência prestada à diáconos em situações difíceis, doentes e desempregados, afirmando que tem dialogado por telefone ou via internet com os presidentes dos Regionais e de dioceses, para manter essa comunhão diaconal, mesmo em tempos de confinamento social. Pediu orações pelos diáconos enfermos, em especial pelo diácono Rolf Koegler, do Conselho Fiscal. “Fizemos um levantamento, através dos presidentes dos Regionais. Referente ao COVID-19, que foi solicitado pelo CMOVC – Ministério Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada da CNBB. Há Diáconos abandonados, sem atenção, doentes, sem renda. Tivemos 3 ou 4 óbitos por COVID-19”, completou. Diácono Bezerra pediu orações pela saúde do diácono Josimar, da Arquidiocese de Natal (RN). O presidente diácono Chiquinho também falou no final sobre o programa de doações para o aluguel e posterior compra da sede em Brasília: “Precisamos da ajuda de todos. A contribuição assumida para o aluguel em Brasília não está aparecendo, poucos estão cumprindo o prometido. Mesmo os membros do Conselho Consultivo não estão contribuindo. A sala está separada para nós, mas só assinaremos o contrato quando voltarmos aos encontros presenciais”.

ENAC / CND