Home | Publicação | PRESIDENTE DA CND/BRASIL APRESENTA RETROSPECTIVA DE 2023

Compartilhe:

PRESIDENTE DA CND/BRASIL APRESENTA RETROSPECTIVA DE 2023

28/12/2023

PRESIDENTE DA CND/BRASIL APRESENTA RETROSPECTIVA DE 2023

Passados 8 meses desde que assumimos a Presidência da Comissão Nacional dos Diáconos, chegamos ao final de nosso primeiro ano à frente desta Comissão. Sem dúvida, foi um ano de muita expectativa, mas de uma experiencia única, pois mesmo tendo sido Secretário da CND em três períodos, o trabalho desenvolvido pelo Presidente da Comissão é muito diferente, além de necessitar de maior disponibilidade, diria mesmo ter dedicação exclusiva à missão. Neste período que se encerra ”nos agarramos a Jesus Cristo e ao seu Evangelho, ao magistério da Igreja e do Papa Francisco e as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil” como guias e luzes para nossa caminhada.

 Iniciamos a gestão no pós pandemia da COVID 19, com a impossibilidade de realizar reuniões presenciais nas atividades da nossa Igreja, por isso a  agenda da CND não tinha nenhuma atividade prevista para o ano. Fizemos reuniões virtuais com a presidência, os Regionais, Comissões e Assessorias.

Logo após a minha posse participei da 60ª Assembleia Geral da CNBB (19-28 de abril 2023). Também participei das reuniões do CONSEP (22-24 maio de 2023) e do Conselho Permanente da CNBB (20-23 de junho 2023). Estas reuniões sempre tiveram ao longo da historia a participação dos Organismos que compõem a CNBB.  Após as duas reuniões citadas não fomos convidados para o CONSEP de agosto e setembro, e isso causou surpresa à CND e aos outros organismos participantes, pois deste 1971, na dinâmica conciliar da Igreja Povo de Deus, Comunhão e Missão, os Organismos sempre participaram das reuniões do CONSEP, Conselho Permanente e Assembleia da CNBB.

Entendemos que não se podia romper uma caminhada já estabelecida e sendo uma forte expressão da sinodalidade que já ocorre no Brasil há tanto tempo.  Nesses anos após o Concilio Vaticano II a CNBB propôs e encaminhou um processo com a participação ativa de todos os Organismos do povo de Deus.

“Uma Igreja sinodal é uma Igreja da escuta, uma escuta recíproca onde cada um tem algo a aprender (...), cada um à escuta dos outros e todos à escuta do Espírito Santo.” (Papa Francisco). É em torno da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil que os organismos manifestam a unidade e a comunhão eclesial, por isso os organismos necessitam da proximidade, diálogo, disposição e fidelidade a caminhada da Igreja no Brasil, em comunhão com o Concilio Vaticano II e fortalecidos pelo testemunho do papa Francisco. Acompanhamos as manifestações dos Organismos do Povo de Deus pela ausência nestas reuniões e nos unimos a eles nesta reinvindicação.

Foi importante e esclarecedor tudo que foi refletido em relação a este tema na 1ª Sessão do Sínodo sobre a sinodalidade que aconteceu em Roma em outubro passado. O relator geral do Sínodo, Cardeal Hollerich, num texto em relação aos OPD - Organismos do Povo de Deus - confirma e fortalece a caminhada que já existe no Brasil desde o Concílio Ecumênico Vaticano II e com as Assembleias dos Organismos do Povo de Deus! ... Disse o cardeal: "é através da participação que podemos trazer a visão inspiradora para a terra e dar continuidade no tempo ao impulso da missão". ... "um chamado que só podemos realizar juntos, com o apoio de processos, estruturas e instituições concretas que realmente funcionem no espírito da sinodalidade."

Certamente que precisamos aperfeiçoar em muitos aspectos, mas "os processos, as estruturas e as instituições necessárias em uma Igreja sinodal missionária",  nós já estamos bem encaminhados! O relatório de Síntese da Assembleia Geral do Sínodo intitulado “uma igreja sinodal em missão” no capítulo que cita a estrutura da Igreja traz como exemplo desta estrutura de comunhão um relato da prática das Assembleias do povo de Deus no Brasil.

Voltamos a participar das reuniões da CNBB no Conselho Permanente de novembro passado, na ocasião uma analise de Conjuntura social nos lembrou a proximidade do tempo do Advento, como um tempo de espera e de chegada, de pressentir os “sinais dos tempos” e escutar o Senhor que fala através deles... “escutar os anseios, as alegrias, dores e angústias” é a primeira etapa de qualquer serviço e do diálogo.   No seu comentário final, dom Jaime Splenger, presidente da CNBB, disse que é importante que este tema chegue às bases para ser visto por aqueles que nos criticam.

Entendemos que como membros do povo de Deus, podemos como Comissão Nacional dos Diáconos, através da  nossa experiencia de vida cristã e ministerial colaborar com o conjunto do Povo de Deus e Corpo de Cristo que é a Igreja.

Que a alegria do Natal nos fortaleça na nossa experiência de fé, pois “conhecer Jesus pela fé é a nossa alegria, segui-lo é uma graça e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor, ao nos chamar e nos eleger, nos confia”

A todos os diáconos e suas famílias desejamos que tenham vivido a experiência de um Feliz Natal, como o presente mais precioso que Deus mesmo nos oferece: o nascimento de Jesus!

Feliz Ano Novo, com as bênçãos do Menino Deus, trazendo-nos esperança e paz!”

Diácono José Oliveira Cavalcante (Cory) - Presidente da CND/BRASIL