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“SEMANA SÃO LOURENÇO” - EXPERIÊNCIA DE DIÁCONO

05/08/2020

“SEMANA SÃO LOURENÇO” - EXPERIÊNCIA DE DIÁCONO

 

* Diácono Odelcio Calligaris Gomes da Costa.

             Antes de falar do diácono, quero fazer uma breve reflexão sobre a palavra pessoa. Pessoa, o que é? Significa: indivíduo considerado por si só mesmo, ser humano, criatura.  Deus criou universo, céus e a Terra; o homem e a mulher à sua imagem e semelhança, numa definida formatação, a mais bela obra de suas mãos. Considerado, que está no espaço sideral (universo, cosmo).   Quando digo “eu te considero”, estou me referindo a um indivíduo, a uma pessoa cósmica, que habita, no caso, no planeta Terra, a casa comum do homem.

            Jesus Cristo, o Filho de Deus (segunda pessoa da Santíssima da Trindade) “mergulhou’ no cosmo e por Maria de Nazaré, tornou-se plenamente humano (plenamente divino) veio para servir e não para ser servido, o Diácono do Pai. A vida é uma contínua experiência. A cada dia o cristão católico tem o compromisso de testemunhar os sacramentos da Igreja de Jesus Cristo.

            O Diácono Permanente é configurado ao Cristo Servo; veio para lavar os pés. Eu, pela inspiração e moção do Espírito Santo, “lavo os pés” dos enfermos, indo ao hospital todos dias, aos sábados e domingos, se necessário. Também devo servir a todos os que o Senhor colocar em meu caminho.

            O Diácono precisa equilibrar o tríplice múnus: Palavra, Caridade e Liturgia (principalmente, a Caridade). Nós, casados, penso temos mais três múnus: Família, Trabalho e Igreja. Que tal? O equilíbrio é a mansidão das Bem-aventuranças: falar a coisa certa, na hora certa, para a pessoa certa e na dose certa, como Jesus.

            Minha experiência: “senti” a mística da unção do Espírito Santo. Unção é a escolha, a eleição que Ele fez comigo, depois me vocacionou e conferiu a missão. “Dentre todas as mulheres, Maria foi a escolhida, a Ungida...eu, você, meu irmão pelo Pai, fomos ungidos para o digno ministério diaconal. Só o diácono é ordenado, no entanto, a graça que advém do sacramento chega à esposa e aos filhos, a família toda foi escolhida.

            No início fui para um distrito da cidade dentro da paróquia na qual fui provisionado, a pedido do bispo, formar neste distrito outra paróquia. Depois de tudo pronto fui transferido para administrar a Paróquia São José de Corumbataí, também rural, a 30Km da minha residência. Fiquei cinco anos e meio. Neste período, combinava família, acompanhamento das construções, cursava Teologia na PUCC (Campinas) e a paróquia. Retornei à Paróquia São José Operário, dezessete anos e agora cinco anos na Paróquia Imaculado Coração de Maria, Rio Claro/SP.

            Passaram-se alguns anos estudei com um professor três anos e meio de hebraico, além da PUCC e logo quero aprofundar o grego, gosto da formação e da vida diaconal. Viajei a muitas dioceses do Brasil para pregar retiros, colaborar na atualização permanente, aulas na Escola Diaconal São Filipe da Diocese de Piracicaba e Animador Diocesano para o Ecumenismo e Diálogo Interreligioso. Haja experiência, haja coração, irmãos.

            Neste 3 de julho, completei 27 anos de caminhada diaconal. Sempre nas alegrias e tristezas, com o poder de Deus, o apoio da esposa dos filhos, irmãos diáconos e amigos.

A maior e mais bela das experiências é da família. Sem uma boa esposa, não há um bom diácono. Há mais histórias para contar, mas para uma próxima vez.

            Com as bênçãos de Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo!

* Presidente da CND – 2007 a 2011