Home | Publicação | "SEMANA SÃO LOURENÇO" DIÁCONOS A SERVIÇO DA CARIDADE, SEMPRE!

Compartilhe:

"SEMANA SÃO LOURENÇO" DIÁCONOS A SERVIÇO DA CARIDADE, SEMPRE!

07/08/2020

A identidade diaconal está condicionada à sua espiritualidade. Chamado a servir, revela-se em perfil, expressão. Em restauração, o Diaconado assimila a visão “reivindicada”, pela tradição. A clerical é a obviedade! Marcada pela autoreferencialidade. Isso é determinante, devido a cultura da Consagração. É essa cultura que determina o exercício da “autoridade”! Ela está impregnada de excessos. Tem gerado “divisionismos” e distorce a missão em favor da fraternidade!

Os diáconos estão suscetíveis a essa realidade! Atuando para servir, corre o risco de envolver-se. Os excessos no “perfil” clerical é como um vírus; contaminando-o, contagia com a autossuficiência nas relações eclesiais. Parte dos conflitos, estão caracterizados por esse “contágio”. Ele afeta o servir, e imprimi confundi a identidade. É um “vírus” de difícil erradicação, mas não impossível de imunidade! A Lúmen Gentium  ensina sobre a construção da cultura fraternal. O Papa Francisco é insistente na advertência desse mal. Percebe-se também que outros segmentos para o serviço caritativo estão distantes e desconhecidos, do olhar e cuidados da Igreja.

A impressão é de que, vocações e ordenações, ainda ocorrem de forma espontânea e provisória, gerando diáconos “sufocados” na liderança da caridade. O serviço à caridade é visto como subsequência, que pode ser remediada e, negada! Falta uma racionalidade sobre o serviço à caridade. A consequência é a sua vinculação ao sacerdócio do altar! As urgências para o caritativo ficam em suspense. Existem iniciativas sensíveis à participação do diácono, mas não são configuradas para o ordinário, determinante, como ocorre para o altar!

Uma racionalidade programática ajudaria. Facilitaria na compreensão, oferecendo respostas às questões do que é ser diácono, porque ordenar, para que acolher e, como formá-los. Muitas das incompreensões e resistências podem ser superadas com um instrumento específico, que trate do serviço à caridade. O culto, os sacramentos e os atos litúrgicos de fé estão como razão de ser do seu exercício! Todo o serviço diaconal está organizado e estruturado, para essa realidade. Não se trata de um sentimento antilitúrgico nem de considerações sobre a natureza.

Outras fragilidades se impõem por conta dessa centralidade. Talvez, o maior problema para a identidade! O servir às mesas se impõe ao “às viúvas”, à vida e a dignidade. Percebe-se as dificuldades de se organizar, em ação sagrada! A consequência é a sua subordinação, anulação, desde quando a cotidiana prática está exclusivamente para os sacramentos. São incômodos! Vivenciar ordinariamente dessa maneira, significa desperdício do Dom. Importa, ainda, o quanto difícil é “imaginar” e implementar, formas diversas e simplificadas de expressões, diante das novas exigências de “serviço às viúvas”! A obviedade e a facilidade do serviço ao altar responde e “conforma” a atuação. Não por vontade própria! Parte da Igreja não está preparada para esse protagonismo!