Home | Publicação | Tempo de Missão

Compartilhe:

Tempo de Missão

21/11/2019

Diácono José Carlos Pascoal

As meditações do Tempo Pascal, encerrado no Domingo de Pentecostes, trouxeram um renovado ardor missionário, que nos impulsiona a Evangelizar, tendo no anúncio querigmático a motivação para que a Palavra de Deus chegue a todos.

O Tempo Comum é tempo de maturidade espiritual, de ação eclesial e de compromisso social. A Igreja “pobre e para os pobres”, conforme anseio do papa Francisco, precisa de cristãos comprometidos com a Palavra, com a Caridade e com a Liturgia. E comprometimento não significa apenas estudar e conhecer a Palavra, de dar esmolas e contribuir com o Dízimo e a coleta, de participar das missas de preceito. É muito mais que isso. É preciso não ter medo de se comprometer com a causa do Reino de Deus, anunciada no Evangelho de Jesus. “Outrossim, o Espírito vem em auxílio às nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. E Aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segundo Deus” (Rom 8, 26-27).

A Palavra de Deus é sustentáculo da fé. Aprendamos com Paulo Apóstolo: “Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para reprender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra” (2Tim 2,16-17). Muitas vezes o respeito humano nos impede de agir em favor da verdade e da justiça. Deveríamos sempre nos perguntar: “É porventura o favor dos homens que eu procuro, ou o de Deus? Por acaso tenho interesse em agradar aos homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo” (Gal 1,10). A Palavra de Deus nos incomoda, não nos acomoda.

Neste mundo atribulado, violento, hedonista e consumista, corremos o risco de nos acomodarmos, achando que não vale a pena lutar, que não é possível mudar o estado de coisas. Deveríamos levar em consideração a exortação do Apóstolo: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito” (Rom 12,2).

Que possamos celebrar a Sagrada Liturgia dando graças pelo cumprimento da Palavra e por ações de Caridade e Misericórdia. “A Caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja, não é orgulhosa, não é arrogante, Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor” (1Cor 13,4-5).