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DIÁCONO: UMA VIDA A SERVIÇO DA VIDA

Padre Deusmar Jesus da Silva, Diretor da Escola Diaconal da Diocese de Barretos (SP), presidiu a missa do 3º dia do Encontro Nacional de Diretores e Formadores de Escolas Diaconais. No final da homilia, padre Deusmar leu a seguinte mensagem/exortação aos Diáconos Permanentes do Brasil:

A experiência do limite é positiva. Faz a pessoa tornar-se autônoma. Sabemos que a autonomia cristã nasce da experiência quenótica, do fazer-se servo (Fl 2,5-8). No ato de servir, a pessoa humana, a exemplo de Jesus, adquire o poder de dar a vida e de retomá-la, sem ser pressionada por ninguém (Jo 10,18). A partir de uma profunda experiência de fé, que rompe qualquer barreira, nos tornamos capazes de prosseguir sem medo (Hb 11). A autonomia, a liberdade, provém também da capacidade de escutar sempre (Lc 2,19.51), lembrando que Deus nos fala continuamente, pela Lei e pelos Profetas (cf Lc 16,31).

“O diácono, antes de ser servidor da Palavra, será discípulo e ouvinte”. Disso brota aquilo que o Novo Testamento chama de obediência pelo sofrimento. Nesse sentido a ascese é firmeza, ou seja, audácia, coragem em persistir e resistir (Hb 5,7-10). Dentro desse prisma, considera-se ascese do serviço diaconal o esforço para superar a “letra” e buscar o “espírito” da Lei, ou seja, aquilo que, de fato, favorece o bem da pessoa humana (2Cor 3,4-6).

Ao exercer o ministério, o diácono procura superar o egocentrismo, dando-se conta do que está acontecendo com as pessoas ao seu redor (Lc 10,25-37; Mc 10,49). Para tanto é preciso um grau de liberdade que permita agir sem constrangimentos, podendo doar-se totalmente (Jo 10,17-18), lutando para não ser escravizado por nada e por ninguém (Gl 5,18), tendo como compromisso permanente apenas amar.